Sorrentino: Movimento 65 abre PCdoB a novas lideranças nas eleições
O vice-presidente e secretário de Política e Relações Internacionais do PCdoB, Walter Sorrentino, apresentou o Movimento 65 em entrevista a rádio O POVO CBN, de Fortaleza (CE), na última quinta-feira (23). A iniciativa será lançada na próxima segunda-feira (27) com o objetivo de filiar pessoas interessadas em se candidatar nas eleições municipais deste ano e de ampliar o alcance do partido.
“Esse movimento tem o sentido de abrir a legenda partidária eleitoral para receber um conjunto de novas lideranças sociais, da sociedade civil, empresários e religiosos, para que venham se eleger pela legenda 65. Esse é um movimento muito amplo”, explicou Walter.
Walter foi questionado novamente sobre a possibilidade do PCdoB mudar de nome. Ele informou que, se por um lado, “dependendo da evolução dos fatos, o nome não é um princípio imutável e pode se adequar à contemporaneidade”, por outro, a notícia que circulou em dezembro é falsa. O que mudou foi a tática eleitoral.
“Não vamos mudar de nome. Eleitoralmente vamos criar o Movimento 65. O PCdoB é mais velho um pouco que O Povo (o jornal, é quase centenário. É um ativo poderoso nosso nome, em que pese os estigmas de um velho anticomunismo raivoso e anticientífico”, afirmou, completando que a legenda quer dar lugar “a novos lutadores, que não necessariamente se subscrevem ao programa do partido, mas que, em torno de um manifesto, vão formar compromissos, se eleger e construir mandatos coletivos”.
Ele falou também da importância de unir partidos progressistas de esquerda e criar uma ampla frente política democrática. Para isso, explicou, o PCdoB privilegiará o diálogo com outras legendas e entidades.
Nos últimos dias de dezembro de 2019, a notícia de que o tradicional Partido Comunista do Brasil estaria planejando “mudar de cara”, adotando um novo nome e uma nova marca, tomou a internet. No entanto, a informação é falsa.
Além do Movimento 65, Walter falou dos “Comuns”, fruto de uma preocupação do partido em criar uma frente de luta contra o governo autoritário de Jair Bolsonaro.
“As forças de Bolsonaro, além da esquerda, derrotaram o respeito ao pacto de um estado democrático de direto, então podemos combater isso conversando com todos sim”, afirma o vice.
Ele comentou também sobre os esforços do PCdoB-CE para montar uma chapa de vereadores e ter um candidato ou candidata própria à prefeitura da capital, Fortaleza.
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