Sobrinha de George Floyd levou tiro enquanto dormia no Texas
![](https://pcdob.org.br/wp-content/uploads/2022/01/Arianna-Delane-na-foto-hospitalizada-participou-de-protestos-pelo-assassinato-de-seu-tio-The-Sun.jpg)
Arianna Delane, sobrinha de George Floyd, homem negro covardemente assassinado pela polícia dos Estados Unidos em 2020, foi baleada enquanto dormia na sua casa, na noite de sábado (1º/1), em Houston, no Estado do Texas.
O pai de Arianna, Derrick Delane, declarou ao canal local ABC13 que a menina de quatro anos gritou e avisou assim que foi alvejada. Segundo ele, um homem começou a efetuar disparos contra a casa por volta das três horas.
A bala atingiu Arianna nas costas. Ela teve duas costelas quebradas e seu pulmão e fígado foram atingidos.
“Minha filha deu um pulo e disse que havia sido atingida. Eu vi o sangue, e a agarrei”, relatou Derrick, que a levou imediatamente a um hospital onde foi submetida e se encontra estável. “Ela está se curando muito rápido. A última vez que a verifiquei, ela estava respirando sozinha. Ela está indo muito bem”, declarou o pai emocionado.
Em entrevista a TV local o pai de Arianna desabafou: “Por que minha casa levou tiros? Minha filha não sabe. Eu não consigo explicar isso a ela. Como criança, o que ela espera é se sentir protegida pelo pai”.
Outras duas crianças e quatro adultos estavam na casa, mas apenas a sobrinha de Floyd foi baleada.
As autoridades abriram uma investigação interna para analisar o motivo da enorme demora para a chegada da polícia à casa da criança. Quatro horas. A divulgação do caso também foi retardada, uma vez que os jornais estadunidenses só vieram a noticiar o ocorrido nesta terça-feira (4).
O chefe de polícia de Houston, Troy Finner, disse à NBC News que abriu uma investigação sobre a forma como o departamento lidou com o ataque a tiros. “Estou ciente e tenho preocupações em relação ao tempo de resposta atrasado neste incidente e iniciei uma investigação de Assuntos Internos”, declarou em um comunicado.
Arianna participou de várias manifestações em homenagem a Floyd, que faleceu em 25 de maio de 2020, depois que o então oficial da polícia de Minneápolis, Derek Chauvin, o matou asfixiado mantendo o joelho sob o seu pescoço durante nove minutos.
O crime gerou protestos e mobilizações que sacudiram os EUA contra a injustiça racial e a brutalidade policial. Após uma intensa pressão, que contou com uma campanha de solidariedade internacional em rechaço ao racismo, Chauvin foi condenado pelo assassinato em abril do ano passado.