Síria pede que Ocidente suspenda sanções durante a pandemia

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, sugeriu nesta quarta-feira (20) que os empregadores considerem uma semana de trabalho de quatro dias e outras opções flexíveis como uma maneira de retomar as atividades no país. A líder disse que as medidas ajudariam a nação a incentivar o turismo interno enquanto as fronteiras estão fechadas, de modo a retomar a economia, pois dessa forma muitos viajariam mais pelo país.
“Eu ouço muitas pessoas sugerindo que deveríamos ter uma semana de trabalho de quatro dias. Isso atualmente acontece entre empregadores e funcionários. Mas, como eu disse, aprendemos muito sobre a Covid-19 e a flexibilidade do trabalho em casa”, disse Jacinda.
Segundo a primeira-ministra, a flexibilidade no trabalho ajudaria o turismo local. “Eu realmente incentivaria as pessoas a pensarem nisso. Se você é um empregador e pode oferecer flexibilidade, pense se isso é algo que funcionaria no seu local de trabalho, pois certamente ajudaria o turismo em todo o país”.
Saúde controlada, economia em risco
A Nova Zelândia levou o isolamento social a sério no combate ao novo coronavírus. O governo ordenou medidas de segurança rígidas e, apesar de governar uma população de estimada em mais de 4 milhões de habitantes, amargou apenas 21 mortos por conta da doença.
Não há novos casos do vírus há mais de uma semana e nenhum na Ilha Sul da Nova Zelândia há mais de 20 dias. A agitação da atividade econômica começou e o país recomeçou as viagens domésticas. Nesta fase, não há viagens internacionais. Esse cenário foi alcançado após uma postura considerada como ideal diante dos riscos da pandemia.
Uma vez controlada a pandemia, a preocupação agora recai sobre como recuperar a economia. Milhares de trabalhadores do país foram demitidos durante o período de medidas restritivas. A economia deve contrair até 8% este ano, informou o FMI, enquanto os números de desemprego podem exceder 15% e chegar a 30%.
Com agências. Edição: Fernando DamascenoO ministro da Saúde da Síria, Nizar Yazigi, pediu nesta semana a suspensão das sanções ocidentais à Síria para que o país proteja sua segurança sanitária em meio à pandemia de COVID-19, informou a agência de notícias estatal SANA.
Yazigi disse que as equipes médicas na Síria estão respondendo à pandemia de COVID-19 “com bravura em circunstâncias excepcionais”, já que o país sofreu mais de uma guerra de mais de nove anos em meio a sanções impostas pelos Estados Unidos e seus aliados ocidentais.
As sanções, segundo o ministro, são “desumanas” e impedem o setor médico da Síria de responder à pandemia e garantir as necessidades e ferramentas necessárias para proteção e diagnóstico.
O ministro fez as declarações enquanto Washington está perto de implementar a Lei de Proteção Civil de Caesar Síria, uma lei dos EUA que sanciona o governo sírio, incluindo o presidente sírio Bashar al-Assad por seus supostos crimes de guerra contra o povo sírio.
A Lei de Caesar, prevista para ser implementada em junho, também inclui sanções a qualquer lado que possa ajudar o governo sírio.
O governo dos Estados Unidos, por sua vez, enviou no último dia 7 de maio um documento ao Congresso Nacional no qual anuncia que deve renovar as sanções contra a Síria.
No final de março, o presidente da Assembleia Geral da ONU, nigeriano Tijjani Muhammad-Bande, pediu o levantamento das sanções unilaterais impostas aos países em desenvolvimento mais vulneráveis à pandemia. Além disso, o secretário-geral da ONU, António Guterres, exortou os líderes do G20 a abolir as sanções que impedem o fornecimento de alimentos, equipamentos médicos e itens essenciais para que os países possam enfrentar a pandemia.
Com agências