Diante da crise do novo coronavírus, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) defendeu que o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) seja prorrogado em um mês, até 31 de maio.

O Sindifisco sugeriu também a antecipação do pagamento da restituição do imposto de renda. A ideia é que todos os lotes sejam pagos até o final de agosto, garantindo que os contribuintes possam usar os recursos para enfrentar a crise. O sindicato encaminhou ofício com as recomendações ao secretário Especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto. O documento propõe, ainda, suspensão de todos os prazos fiscais até abril.

Na avaliação do sindicato, as mudanças não comprometeriam a arrecadação do governo. “Tal adiamento não comprometerá as contas do governo, por se tratar de um diferimento de 30 dias, sem alteração do valor dos tributos a serem pagos ou restituídos aos contribuintes”, afirma nota da entidade, que destaca tratar-se de medidas de “caráter excepcional”.

O comunicado afirma ainda que, devido à pandemia, a Receita Federal “reduzirá drasticamente” seus atendimentos e que “os contribuintes encontrarão dificuldades em contatar seus contadores ou em recolher todos os documentos necessários para o preenchimento da declaração, por restrições ou dificuldades de deslocamento, com especial ênfase aos profissionais da saúde e segurança pública”.