A General Motors (GM) propôs aos funcionários da fábrica de São José dos Campos a
suspensão temporária de contratos (lay-off) e redução de 25% nos salários.
A proposta foi feita ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região nesta
segunda-feira (30), por videoconferência, com a justificativa de enfrentar a crise financeira
provocada pela pandemia do coronavírus.
O sindicato negou a proposta, inicialmente, e vai levar a discussão online aos trabalhadores
ainda nesta segunda-feira. Na quarta-feira acontece uma nova reunião com a direção da
empresa.
“A General Motors não precisa reduzir salários. É a primeira em produção de automóveis no
país. Os trabalhadores têm o direito de permanecer em casa e receber o salário na íntegra”,
disse o vice-presidente do sindicato, Renato Almeida.
A proposta da montadora é que o lay-off comece no dia 14. Segundo o sindicato, uma parte
dos salários seria bancada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e a outra parte com
recursos da empresa.
Independente da decisão final sobre o lay-off e redução dos salários, os 3,8 mil trabalhadores
da fábrica em São José dos Campos iniciaram nesta segunda-feira as férias coletivas sem
redução salarial, acordadas entre o sindicato e a empresa para impedir a proliferação do
coronavírus entre os funcionários.