Os resultados de junho dos serviços, divulgados esta manhã (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o setor se mantém 14,5% abaixo do patamar de fevereiro, período pré-pandemia.

Na comparação com maio, o volume de serviços prestados teve variação positiva de 5% pelo impacto da reabertura de serviços não essenciais. A reação deve ser vista com cautela, já que é um comparativo sobre uma base deprimida. Nos quatro meses anteriores, o setor chegou a acumular perdas de 19,5%.

Na comparação com junho do ano passado, o IBGE registrou queda de 12,1%. No primeiro semestre, o setor recuou 8,3% – com queda em quatro das cinco atividades pesquisadas. Nesse período, o segmento de Serviços Prestados às Famílias caiu 35,2% – um resultado não só do distanciamento social, mas também do desemprego e perda de renda das famílias.

Nesse grupo estão restaurantes, hotéis, bufê e outros serviços de comida preparada, por exemplo, que além da queda na demanda, reclamam não ter recebido ajuda emergencial e terem tido o acesso ao crédito para o capital de giro dificultado.

Compondo quase 70% da formação do Produto Interno Bruto (PIB) a ruína do setor de serviços representa grande impacto na atividade econômica do país. A projeção do mercado para o PIB em 2020 segue em queda de 5,62%, conforme boletim Focus do Banco Central