O setor de serviços encerrou 2019 com queda de -0,4% em dezembro frente a novembro, embora as expectativas para o último mês do ano fossem altas por conta do 13º salário e as festas de final de ano.
De acordo com a pesquisa mensal do setor de serviços divulgada na manhã desta quinta-feira (13), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi o segundo recuo na comparação mensal. E foi também o resultado mais baixo para o mês desde 2015, quando o setor recuou -0,7%.
Após quatro ano seguidos no vermelho: 2015 (-3,6%), 2016 (-5,0%), 2017 (-2,8%) e 2018 (0,0%), o primeiro ano do governo Bolsonaro encerrou com o setor que maior peso tem no PIB (Produto Interno Bruto) patinando em torno de zero: 1,0% em 2019, na comparação com 2018.
Depondo contra a tese de que em 2019 houve crescimento, o acumulado de dados mensais até dezembro mostra que na série com ajuste sazonal houve variação positiva em apenas cinco dos doze meses.
Atividades
Três das cinco atividades apresentaram taxas negativas em dezembro, entre elas, as que tem mais peso sobre a prestação geral de serviços. O setor de transportes e correio caiu -1,5% na passagem de novembro para dezembro; o setor de transportes terrestre, -3,7% (segmento influenciado pela queda na produção industrial). Já a categoria de serviços prestados às famílias desceu -1,3% no período, mesmo tombo que o setor de serviços profissionais e administrativos.
Regionalmente, 16 das 27 unidades da federação recuaram em dezembro sobre novembro. Os destaques negativos foram Minas Gerais (-2,1%), Distrito Federal (-2,7%), Mato Grosso (-5,6%), Paraná (-1,3%) e Bahia (-2,3%). São Paulo teve resultado minguado de 0,4%.
Economia estagnada
Na véspera, foi a vez do IBGE divulgar a pesquisa mensal de comércio, revelando queda de -0,1% em dezembro. A produção industrial caiu -0,7% no último mês do ano e acumulou queda de -1,1% em 2019.