Integrando as diversas categorias de servidores públicos que promovem na terça-feira (18) manifestações e paralisações por reajuste salarial e contra os cortes orçamentários nos órgãos, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) divulgou uma nota à imprensa, assinada pelo presidente da entidade, Fábio Faiad, afirmando que “está mantida a paralisação” das atividades do BC amanhã, “das 10 às 12h”.

Segundo a nota da entidade, embora o sindicato tenha tentado alguma resposta satisfatória em relação às reivindicações da categoria em reunião com o presidente do BC, no último dia 11, não houve nenhuma contrapartida do órgão.

“A reunião com o presidente do BC foi amistosa e propositiva, porém, não houve proposta concreta de reajuste”, diz a nota. “Somente declarações de intenções (‘vamos tentar’, ‘vamos conversar’, etc), portanto, está mantida a paralisação no dia 18”.

O sindicato reafirma que o objetivo da mobilização é “reajuste salarial não só para os policiais federais, mas também para o BC, bem como a Reestruturação de Carreira de Analistas e Técnicos do BC (demandas sem impacto financeiro)”.

O texto informa ainda sobre o movimento de entrega de cargos comissionados no BC, que cresce a cada dia, mesmo sendo mês de férias. “Já está próximo de dois mil servidores”, diz o sindicato.

Segundo o Sinal, são cerca de 500 comissões gerenciais, e os substitutos eventuais (cerca de 500, número igual ao das comissões) também serão convidados a aderir, abrindo mão de substituírem os titulares.

“Há também os outros 2.500 servidores, sem comissão gerencial ou substituição gerencial, os quais estão sendo convidados a aderir à lista de não assunção de comissões (ou seja: i] quem tem comissão gerencial ou substituição gerencial concorda em entregá-las; e ii] quem não tem, concorda em não aceitá-las quando elas forem entregues)”, prossegue a nota.

Segundo o sindicato, se ainda em janeiro, na nova reunião já agendada com o presidente do BC, não haja uma proposta concreta, a categoria “passará a debater a proposta de greve por tempo indeterminado em fevereiro”, que vem sendo considerada pelo restante dos servidores públicos federais.