Servidores repudiam “estado de barbárie” promovido por bolsonaristas
A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) divulgou uma nota de repúdio ao assassinato do tesoureiro do PT e liderança do sindicalismo em Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda, “pelo simples fato de comemorar seu aniversário com a temática petista”.
Na nota, o presidente da entidade, João Domingos Gomes dos Santos, conclama a “sociedade civil e autoridades a reagirem à sequência de violências orquestradas por eleitores Bolsonaristas e anti-petistas fanatizados”, citando, além do caso em Foz do Iguaçu, os recentes episódios ocorridos em Uberlândia e no Rio de Janeiro, em que atos políticos do pré-candidato Lula foram alvos de ataques.
“Diante de seu compromisso histórico em defesa da democracia e dos pilares que a sustentam, a CSPB compreende a necessidade urgente de dar uma dura resposta àqueles que tentam criar um clima de terror às vésperas de um importante pleito eleitoral, o primeiro desde a redemocratização sob a ameaça de ruptura democrática”, diz a nota.
Referindo-se às falas de Bolsonaro após o episódio, a entidade lamenta “o posicionamento do Presidente da República que, ao invés de desestimular tal atitude, procura acirrar os ânimos, se colocando na condição de vítima e acusando a esquerda de ‘violenta’”.
“É imperioso que os poderes republicanos e as organizações da sociedade civil estejam irmanados e promovam, conjuntamente, uma forte reação aos colaboradores desse estado de barbárie. As consequências de permitir a impunidade ou até mesmo a omissão diante das ameaças institucionais, do incentivo à violência e da visível escalada do terrorismo voluntário pode custar caro demais ao país e ao povo brasileiro”, afirma.
Por fim, a CSPB, conclama, as forças democráticas a reagirem.
“A CSPB, diante das graves circunstâncias, estará se movendo para acionar suas esferas de influência na sociedade civil, na política e nas organizações sociais para uma reação contundente, cobrando das autoridades que cumpram seu papel institucional em defesa da democracia, do Estado e de suas instituições, contra a escalada autoritária estimulada pelos discursos de ódio que partem do poder central e encontram ressonância entre fanáticos forjados nas fake news e no estímulo à violência contra adversários ideológicos”, diz a nota.