Os servidores públicos do Tesouro Nacional, em assembleia geral extraordinária realizada na terça-feira (29), decidiram paralisar as atividades por mais 2 dias em defesa do reajuste salarial de 19,99%, equivalente as perdas desde 2019. A categoria já havia parado na última sexta-feira (25) e ameaçam entrar em greve caso não tenham resposta do governo.

A categoria também deliberou a intensificação da operação-padrão que tem impactado as entregas da secretaria, como a divulgação do Relatório Mensal da Dívida. Segundo informações Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical), outra assembleia está marcada para a próxima terça-feira (5) para discutir os rumos do movimento.

Nesta semana, estava prevista a entrega do Relatório do Tesouro Nacional, que apresenta o resultado primário e o perfil dos gastos e receitas públicas, mas que devem ser afetadas pela operação-padrão. Na última sexta (25), já houve atraso no pagamento dos títulos vencidos do Tesouro Direto.

Os servidores do Tesouro não são os únicos a entrar em greve. Nesta segunda-feira (28), mais de 400 servidores do Banco Central (BC) entraram em greve por tempo indeterminado. As principais reinvindicações são um reajuste salarial de 26,3% e mais reestruturação das carreiras de analistas e técnicos do órgão. A paralisação pode impactar o funcionamento de serviços como as transações via Pix.

Servidores e médicos peritos do INSS também estão em greve em defesa da reposição das perdas salariais.