Policiais reprimiram manifestantes. Foto: Sismuc

Os funcionários públicos de Curitiba fizeram um protesto na manhã desta segunda-feira (18) contra a votação de três projetos encaminhados em regime de urgência pela prefeitura à Câmara Municipal.
Apesar da grande mobilização, que chegou a paralisar a votação por duas vezes, os servidores não conseguiram impedir a aprovação dos projetos, em primeiro turno. A votação em segundo turno prossegue amanhã, e os servidores prometem continuar mobilizados.
O reajuste salarial proposto pelo prefeito Rafael Greca é de 3,5%, contra os 10% reivindicados pelo funcionalismo, segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc). Outro ponto do projeto contestado pelos trabalhadores é a prorrogação do congelamento dos planos de carreira e diminuição da dispensa de servidores para trabalhar nos sindicatos do serviço público.
Durante a manifestação, três servidores foram detidos e encaminhados para a Central de Flagrantes, e foram liberados em seguida. Outras pessoas ficaram feridas diante da truculência da polícia, conforme denúncia do sindicato. A Guarda Municipal que faz a segurança do prédio permaneceu, em sua maioria, ao lado dos manifestantes, já que está mobilizada em torno das mesmas reivindicações.
“A base aliada do prefeito usa a força policial com violência, agressões e spray de pimenta. Dezenas de trabalhadores foram afetados pelo forte efeito do spray e outros estão feridos”, afirmou o sindicato.
“Estamos aqui para barrar os projetos do Prefeito Rafael Greca que prejudicam os servidores. Os vereadores aprovaram em regime de urgência e queremos mostrar nossa indignação”, relatou Gabriel Conte, diretor do Sismuc.