Plenário do Senado

O falecimento de Major Olímpio (PSL-SP), terceiro senador vítima da pandemia, fez com que os senadores aumentassem a pressão para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado Federal, está tentando engavetar.

Major Olimpio teve morte cerebral na quinta-feira (18). Ele foi diagnosticado com coronavírus desde o dia 2 de março. Antes dele, morreram os senadores José Maranhão (MDB-PB), em fevereiro, e Arolde de Oliveira (PSD-RJ), em outubro.

Em suas redes sociais, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) homenageou Olímpio e disse que “precisamos soltar o grito de indignação que nunca lhe faltava. Vacina, auxílio emergencial e CPI já”.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que “não cabe ao presidente do Senado segurar ou não a instalação, a avaliação é técnica e é um direito das minorias. Há fato determinado”.

“A pressão pela abertura da comissão está se generalizando”, avaliou.

O ex-governador do Ceará, senador Cid Gomes (PDT), questionou: “quantas pessoas precisarão morrer para ser instalada a CPI da COVID no Senado Federal?”.

“Os requisitos legais já foram preenchidos. O descaso de Bolsonaro precisa parar. O Congresso não pode ser cúmplice desse genocídio”, sentenciou.

Por meio de uma nota, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) definiu o colega como “firme nas posições, afável no trato e inteligente no debate”. Ao destacar que o vírus da Covid-19 “não vê coloração partidária ou idade” e que atualmente cerca de três mil brasileiros morrem diariamente devido à pandemia, Jean Paul afirmou que é hora de “dar um basta a essa mortandade”. “Precisamos corrigir os rumos do país. A CPI da Covid-19 não pode mais ser adiada”.

A senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) declarou que o Brasil perde “um dos senadores mais combativos e atuantes”, que “faleceu da mesma forma que viveu: lutando”. Para a senadora, “é muito triste o que estamos testemunhando”. Ela acrescentou que é preciso “dar celeridade a essa vacinação” e que “estamos trabalhando por isso”.

O senador Romário (Podemos-RJ) também registrou estar “muito triste com a notícia do falecimento do senador Major Olimpio”. Ele expressou “sinceros sentimentos à família, amigos e eleitores” e destacou que “só a vacina evitará a continuidade desta tragédia”.

Wellington Fagundes (PL-MT) também manifestou solidariedade à família e aos amigos de Major Olimpio pela “perda de um homem honrado e comprometido com a defesa da população”. Para ele, “é uma voz forte que se silencia diante dessa trágica pandemia”. Wellington também defendeu “vacina já”.

Ao lamentar a morte de Major Olimpio, Rodrigo Cunha (PSDB-AL) ressaltou que “o Brasil passa por um momento soturno, em que mais de 285 mil pessoas já perderam suas vidas”.

Ele também disse que “o momento é gravíssimo e carece de um esforço conjunto e coordenado para acelerar a imunização da população”. Rodrigo Cunha também defendeu medidas de contenção do contágio e de amparo social em âmbito nacional.

O pedido de abertura da CPI da Pandemia foi apresentado com todas as assinaturas necessárias no começo de fevereiro. Desde então, Pacheco, que foi eleito com o apoio de Jair Bolsonaro, tem enrolado e dito que não é a hora de abrir uma investigação dessa.

A intenção dos senadores é investigar as ações e omissões do governo federal durante a pandemia do coronavírus.

Jair Bolsonaro promoveu aglomerações e incentivou as pessoas a não usarem máscaras. Além disso, sabotou o isolamento social determinado pelos governadores e atrasou o desenvolvimento e a compra das vacinas.

Agora, que o país se aproxima das três mil mortes diárias e um acumulado de 300 mil mortos pelo coronavírus, Jair Bolsonaro faz de tudo para não pagar o auxílio emergencial aos desempregados e trabalhadores autônomos.

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Com informações da Agência Senado