Senadores criticaram os cortes de R$ 600 milhões na pasta, feitos pelo ministro da Economia, Paulo Guedes

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), líder do PSDB no Senado e presidente da Frente Parlamentar Mista de Ciência e Tecnologia e Inovação do Congresso Nacional, criticou os cortes de R$ 600 milhões feitos pelo governo Bolsonaro na pasta de Ciências e Tecnologia. O parlamentar afirmou que Paulo Guedes não consegue entender que o investimento em ciência deve ser prioridade.

“Eu não sei o que acontece com o Ministério da Economia, em especial o ministro Paulo Guedes, que não consegue entender que ciência, tecnologia, inovação e pesquisa têm que ser prioridade neste país. Nós temos hoje praticamente 90% desse fundo contingenciado, e os poucos recursos que são liberados normalmente liberam no final do ano para não dar prazo de lançar os editais, e aí muitas vezes o recurso é devolvido para o Tesouro”, afirmou.

O senador já havia afirmado em outros momentos de cortes que percebe que há no governo Bolsonaro um profundo descaso e falta de visão sobre a importância do setor para o desenvolvimento econômico e social do país.

Diante de tamanho corte, o Izalci cobrou do governo a reposição dos recursos inicialmente destinados à pesquisa. “Nós fechamos um acordo e espero que haja cumprimento. Nós não vamos votar nenhum projeto, daqui para a frente, se não fizer a reposição desses R$ 600 milhões”, disse Izalci.

O governo Bolsonaro, através de Paulo Guedes, cortou os recursos destinados ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e os diluiu por “diversos órgãos do Poder Executivo”. Com isso, o valor alocado originalmente ao MCTI passou de 655 milhões para 55 milhões de reais, um corte de 92%, colocando em xeque o setor num dos momentos de maior necessidade de investimento para o combate à pandemia do novo coronavírus.