Senadoras tentam barrar reforma que afeta trabalhadores
Nesta terça-feira (11) estava prevista a votação da reforma trabalhista no Senado Federal, a partir das 11 horas da manhã.
Na segunda-feira (10), a senadora Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) participou de uma reunião com centrais sindicais, com o objetivo de dialogar com o presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE) para que a discussão pudesse ter audiência popular. Para a senadora é importante a participação da população na votação. “Não é possível votar um projeto ilegal e inconstitucional que tira os direitos dos trabalhadores, sequer que nem os dirigentes sindicais possam participar”, declarou Vanessa.
A sessão do Senado foi suspensa nesta terça-feira (11) após as senadoras Vanessa, Fátima Bezerra (PT-RN), Lídice da Mata (PSB-BA), Regina Sousa (PT-PI) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) sentarem-se à mesa do presidente da Casa. Eunício Oliveira suspendeu a sessão, apagou as luzes do plenário e desligou os microfones.
A senadora comunista critica a reforma trabalhista que pretende tirar os direitos dos trabalhadores, como as férias, o décimo terceiro, o seguro desemprego e a licença maternidade. “Isso que eles [direita] chamam de moderno. O que eles chamam de moderno é voltar antes da Era Vargas, que não tinha nem carteira de trabalho”, ressaltou a senadora.
Contrária a reforma, Vanessa diz que se há senadores que por vergonha de assumir que são favoráveis a retirada dos direitos dos trabalhadores e declaram que o presidente Michel Temer vai vetar, estão abrindo mão da função de senador. “Eu não abro mão. E por uma razão simples, nós fomos eleitos para votar e ficar ao lado do povo”, afirma a comunista.