Senador que era contra quarentena e defendia cloroquina morre de Covid
O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) morreu na noite da quarta-feira (21) vítima do novo coronavírus.
Ele tinha 83 anos, e sua morte foi comunicada pela assessoria do senador nas redes sociais. “Comunicamos que nesta noite (dia 21 de outubro) o Senhor Jesus recolheu para si nosso amado irmão, Senador Arolde de Oliveira. Falecido vítima de Covid-19 e como consequência a falência dos órgãos. A família agradece o carinho e orações”, diz o texto.
Arolde era aliado de Jair Bolsonaro e criticou a quarentena para enfrentar a pandemia. Além disso, defendia o uso da cloroquina para tratar pacientes da doença.
Ele chamava o coronavírus de “vírus chinês” e dizia que os governadores e prefeitos que tomaram medidas para enfrentar a doença eram responsáveis por destruir empresas e criarem “milhões de desempregos”.
O senador é o primeiro parlamentar federal a morrer por complicações causadas pela Covid-19.
Arolde foi deputado federal por nove mandatos. Sua eleição para o Senado Federal em 2018 aconteceu após campanha em conjunto com Flávio Bolsonaro, filho de Bolsonaro e senador.
O senador do PSD estava internado desde o dia 5 de outubro. Seu primeiro suplente, Portinho, de 46 anos, deverá assumir o mandato.
Era do senador Arolde de Oliveira a gravadora gospel MK Music que tinha como contratada a deputada pastora Flordelis, acusada de assassinar o marido Anderson do Carmo. Por sinal, Flordelis é do mesmo partido de Arolde, o PSD.