Secretários de saúde abrem processo ético contra Queiroga
Membros do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP) protocolaram, nesta quinta-feira (6), no Conselho Federal de Medicina um pedido de abertura de processo ético contra o ministro da saúde Marcelo Queiroga.
De acordo com os conselheiros, Queiroga cometeu ao menos seis infrações graves em sua postura ao tratar questões quanto à vacinação de crianças de 5 a 11 anos.
No pedido, os conselheiros afirmam que a demora do Ministério da Saúde para iniciar a campanha pra crianças e a criação de empecilhos para que ela pudesse acontecer, configuram “flagrante desrespeito ao que preconiza a ciência, lastreada no perfil de segurança e eficácia da vacina (Pfizer/BioNTech) já aprovada pela Agência Nacional de Segurança Sanitária”.
Os conselheiros destacaram Queiroga não pode se isentar de suas responsabilidades enquanto ministro porque Bolsonaro (PL) é contra a aplicação de vacinas. Mesmo com o respaldo do presidente para boicotar a vacinação, os conselheiros apontam que ele pode ser penalizado tendo seu registro médico cassado.
“Antes de ministro, o representado é médico, que, como todos nós, está submetido aos mesmos ditames éticos, que devem ser assumidos e confirmados em seu juramento médico”, apontam.
O ministro da Saúde disse, em entrevista coletiva, em Brasília, nesta sexta-feira (7), que “é zero” sua preocupação com a representação contra ele no Conselho Federal de Medicina.
“Preocupação com essa representação é zero. Se esses colegas quisessem ajudar, eles deviam estar trabalhando na ponta, fazendo como eu, que estou trabalhando aqui pelo povo brasileiro diuturnamente, levando políticas públicas em todas as áreas”, afirmou.
Queiroga atacou os colegas e disse que mais de 400 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 foram distribuídas. “Daí eu pergunto: vocês que estão me denunciando: quantas doses de vacina vocês distribuíram? Nenhuma. Se vocês tomaram vacinas, foram com vacinas que eu distribui”, afirmou.
Queiroga atacou os colegas médicos e disse que mais de 400 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 foram distribuídas. “Daí eu pergunto: vocês que estão me denunciando: quantas doses de vacina vocês distribuíram? Nenhuma. Se vocês tomaram vacinas, foram com vacinas que eu distribui”.