Manifestação realizada nesta quarta. 22, pela liberdade dos estudantes presos

A Secretaria Nacional de Juventude do Partido Comunista do Brasil divulgou nota de repúdio do governo de Tarcísio de Freitas que usou a Policia Militar para bater e prender estudantes que protestavam contra a aprovação do projeto de transformação das escolas públicas do Estado em escolas militares. “Vivemos um momento de intensas ameaças aos mínimos direitos democráticos conquistados no Brasil, partindo especialmente por parte das forças da extrema direita, cujo governo de São Paulo tem se tornado um expoente”, diz a nota.

Confira a íntegra:

A Secretária Nacional de Juventude do PCdoB repudia veementemente o governo de Tarcísio de Freitas, que, nesta terça-feira (21), voltou a mostrar sua face truculenta e antidemocrática. Durante a votação do nefasto projeto de implantação de escolas cívico-militares no estado, o governo posicionou a Polícia Militar para agredir violentamente e prender jovens estudantes, inclusive menores de idade, que protestavam pacificamente na ALESP (Assembleia Legislativa de São Paulo).

Mesmo diante deste cenário de conflito, a casa seguiu a votação e os deputados aprovaram a implementação desse terrível projeto.

Não bastasse o absurdo de propor a militarização das escolas, esse governo mostra claramente seu ideário autoritário e atrasado para a educação e os estudantes em São Paulo, tentando impor retrocessos à base de repressão e autoritarismo. Essa postura é uma evidente amostra do que podem se tornar as escolas da rede estadual de ensino com a aprovação desse projeto, o que infelizmente ocorreu ontem.

Vivemos um momento de intensas ameaças aos mínimos direitos democráticos conquistados no Brasil, partindo especialmente por parte das forças da extrema direita, cujo governo de São Paulo tem se tornado um expoente. É nesse contexto que a criminalização da livre manifestação do movimento estudantil também significa um grave ataque à própria democracia. É inadmissível que estudantes sejam brutalmente agredidos e presos na casa do povo, no exercício do direito democrático de expressar sua opinião contrária.

O PCdoB se solidariza com as vítimas desse dia sombrio e exige que todos os estudantes, como a presidente da UPES (União Paulista dos Estudantes Secundaristas), Luiza Martins, presos à margem da lei, sejam tratados com justiça e, consequentemente, inocentados. Caso contrário a sinalização é de uma cooperação com um estado de autoritarismo e exceção.

Seguiremos em luta contra esses retrocessos, em defesa das liberdades democráticas e contra o autoritarismo do governo de Tarcísio de Freitas!

São Paulo, 22 de maio de 2024