Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente.

Servidores do Ibama que atuam em sete estados brasileiros enviaram representação ao Ministério Público Federal (DF) em que pedem que o órgão apure a conduta do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pela adoção de práticas de “assédio moral coletivo.
Nas representações, as regionais da Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e do Ibama (Asibama) pedem ao MPF que apure responsabilidades cível, penal e administrativa relacionadas ao ministro. As denúncias foram enviadas pelas associações de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Pará, Mato Grosso, Distrito Federal e Tocantins.
Além da má conduta no trato com os servidores, Salles também é acusado de dotar políticas de “retrocesso ambiental” e de criar “entraves ao bom funcionamento dos órgãos”. Nas representações, declaram que o ministro utiliza uma “conduta atentatória contra os princípios da administração pública federal”.
Em 2019, três diretores do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, pediram exoneração. O último a sair, Alberto Eberhard, pediu exoneração, após Salles determinar a abertura de um processo administrativo contra funcionários do ICMBio que, para o ministro, deveriam estar em um evento e não estavam. Os funcionários afirmam que sequer foram convidados para a tal cerimônia.
No Ibama e no ICMBio, funcionários afirmam que não podem mais se manifestar sem antes submeterem ao Ministério do Meio Ambiente. As áreas de comunicações dos dois órgãos foram desmontadas e centralizadas no ministério.