Refinaria no Estado de Gujarat, uma das que trabalha com petróleo russo

Rússia se tornou o segundo maior fornecedor de petróleo da Índia em maio, registrou a agência de notícias britânica Reuters, depois de triplicar em um mês suas vendas, para 819 mil barris diários. Fato que demonstra o fracasso das sanções decretadas por EUA e União Europeia contra Rússia, entre as quais o petróleo.

Mesmo vendendo com desconto, para compensar o frete maior, a Rússia apura por barril mais do que antes do início de sua operação para desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia, graças à alta de preço do petróleo, que é uma espécie de efeito colateral da guerra econômica movida por Washington e Bruxelas contra a Rússia.

Ao causar artificialmente, com a tentativa de banir o petróleo russo, um choque de oferta, quando não há produção para substituir o que é retirado do mercado como advertiu a OPEP, a consequência é a alta do preço – como Biden está constatando, à vésperas de uma eleição intermediária que decidirá o controle do Congresso, e a indignação da população com o galão de gasolina a US$ 5.

Apesar das pressões de Washington, a Índia, que tem laços tradicionais com Moscou e integra o BRICS e a Organização do Tratado de Xangai, tem se recusado a embarcar na onda de sanções contra a Rússia. O Iraque continua sendo o maior exportador de petróleo para a Índia, enquanto a Arábia Saudita caiu para terceiro.