Com base na experiência chinesa de combate ao Covid-19, a Rússia está construindo inúmeros hospitais exclusivamente para pacientes com doenças infecciosas, informou no domingo o vice-primeiro-ministro Marat Khusnullin.

De acordo com Marat, “a construção de unidades de isolamento adicionais em várias regiões” está baseada em um estudo criterioso, nos mesmos moldes acelerados do utilizado na China, que vem auxiliando com técnicos de ponta do setor de construção. Os operários locais vieram de várias regiões russas e da Ásia Central e somam experiência em grandes projetos públicos, o que contribui para a rapidez e a eficiência.

Tendo 367 casos confirmados da doença em seu território e um morto – número considerado baixo se comparado à tragédia dos demais países europeus -, a Rússia acelera as medidas de saúde pública para enfrentar em melhores condições um provável crescimento do contágio.

Um dos hospitais que está sendo erguido em ritmo acelerado nos arredores de Moscou, enfrentando com caminhões e escavadeiras a chuva congelante, vem sendo guardado como uma fortaleza militar, cercado por barreiras policiais, com a clareza de que dele dependerão a sobrevivência ou não de muitas vidas.

Iniciado na semana passada, próximo à vila de Golokhvastovo, a 70 quilômetros da capital russa, o centro hospitalar terá capacidade de 500 leitos – semelhante ao erguido pelos chineses em Wuhan para mil pessoas, em apenas dez dias. Apesar do trabalho sem trégua, dia e noite, e com parte dos 3.200 operários vivendo no mesmo local, a projeção é de que a obra esteja concluída em 30 dias.

De acordo com o vice-prefeito de Moscou, Andrei Bochkarev, ali estará “um dos centros médicos mais modernos”, com o objetivo de preservar a vida. O edifício incluirá ainda “blocos cirúrgicos, serviços de ressuscitação e diagnóstico e outros reservados para crianças” ao custo de 100 milhões de euros.