Rússia na ONU: ‘ação dos EUA visa fabricar clima de guerra na Ucrânia’
Rússia denuncia na ONU: ‘ação dos EUA é para fabricar clima de guerra na Ucrânia’
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Vershinin, afirmou, na reunião de quinta-feira (17) do Conselho de Segurança da ONU sobre as tensões na Ucrânia, que os cenários militares apresentados pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, são “lamentáveis e perigosos”.
A exposição de Blinken apontando que Washington acredita que a Rússia tentaria “fabricar” um pretexto para “invadir” a Ucrânia, alegando que Moscou estava se preparando para realizar tal ação militar nos “próximos dias”, equivalem à “histeria” de autoridades do Ocidente, ressaltou.
Elencando cenários inventados que poderiam ser usados para suas suposições, Blinken tinha declarado: “Pode ser um suposto bombardeio terrorista fabricado dentro da Rússia, a descoberta inventada de uma vala comum, um ataque de drone contra civis ou um ataque falso – até mesmo real – usando armas químicas”. “A Rússia pode descrever este evento como uma limpeza étnica ou um genocídio”, falou.
Vershinin sublinhou que a conversa de Blinken era “perigosa” e que as alegações de que a Rússia planejava “invadir” a Ucrânia eram “infundadas”, acrescentando que tropas russas já estavam se afastando da fronteira depois de concluir os exercícios.
“Estamos prontos… para um diálogo muito sério, não um diálogo imaginário”, apontou.
Na mesma reunião, Vershinin também responsabilizou a tensa situação atual pelas supostas violações de Kiev do acordo de cessar-fogo de Minsk de 2015, destinado a trazer a paz à região do Donbass.
“A Ucrânia se recusa obstinadamente a implementar as disposições dos Acordos de Minsk”, frisou Vershinin no Conselho.
Na quinta-feira, a Rússia acusou Washington de não dar uma “resposta construtiva” aos pontos básicos de medidas elaboradas por Moscou sobre garantias de segurança.
“A exigência de que a Rússia retire tropas de certas áreas de seu próprio território e a ameaça de sanções mais duras são inaceitáveis e prejudiciais às perspectivas de alcançar acordos reais”, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
“Com a ausência de disposição dos EUA para concordar com garantias firmes e juridicamente vinculativas para garantir a segurança da Rússia, Moscou será forçada a responder, inclusive através da implementação de medidas técnico-militares”, concluiu o Ministério.