Rússia entrega a Cuba alimentos e ajuda para combate à Covid
O Ministério de Defesa da Rússia anunciou, no sábado (24), o envio de dois aviões de transporte militar An-124 Ruslán a Cuba com mais de 88 toneladas de ajuda humanitária e detalhou que a entrega ao país latino-americano foi ordenada pelo presidente russo Vladimir Putin, e que os dois aviões decolaram do campo de Chkálovski, perto de Moscou, para seu destino”.
O An-124 Ruslán está entre as maiores aeronaves e com maior capacidade de carga do mundo e partiu com contribuições que incluem alimentos, equipamentos de proteção individual e mais de 1 milhão de máscaras.
A colaboração da Rússia para amenizar os danos provocados pelo bloqueio norte-americano à Ilha acontece dois dias depois que o governo dos Estados Unidos impôs novas sanções contra autoridades cubanas sob o pretexto de supostos “abusos contra manifestantes” nos protestos ocorridos em algumas partes da Ilha em 11 de julho. Esses “abusos” não foram vistos, nem registrados em lugar nenhum.
Depois do anúncio das medidas que reforçam a política desenvolvida pelo governo de Donald Trump, o presidente norte-americano Joe Biden afirmou que que seu país “continuará a punir os responsáveis pela opressão do povo cubano”.
Diante dessas afirmações, o chanceler cubano Bruno Rodríguez declarou que o governo dos Estados Unidos “não tem autoridade moral alguma” para pedir a libertação de pessoas supostamente detidas nos protestos em Cuba e pediu a Washington que se encarregasse do “racismo sistemático” e da repressão brutal nos protestos registrados no país norte-americano.
Na quinta-feira (22), o governo dos EUA sancionou o Ministro da defesa, Álvaro López Miera, e a Brigada Especial Nacional do Ministério do Interior, sob a chamada ‘Lei Magnitsky Global’ – criada para ampliar as medidas contra a Rússia, mas usada também contra outros alvos – por suposta “corrupção” e “violação dos direitos humanos”. Duas empresas cubanas também foram incluídas.
Biden disse que isso é “só o começo”, denotando seu empenho em agradar à máfia de Miami, e sem demonstrar apreço por parlamentares de seu partido, como Alexandria Ocasio-Cortez, o deputado democrata negro que preside a Comissão de Relações Exteriores, Gregory Meeks, e o senador Bernie Sanders, todos eles já tendo solicitado a revogação das 243 sanções de Trump.