Satélites dos sistemas Beidu (China, esq) e Glonass (Rússia, dir.) servirão ao projeto integrado

Acordo para ampliar a cooperação entre o sistema de posicionamento por satélites russo Glonass e o chinês Beidou, para garantir a compatibilidade e interoperabilidade dos dois sistemas de navegação integra o pacote de compromissos assinados na sexta-feira (4) no encontro dos presidentes Vladimir Putin (Rússia) e Xi Jinping (China).

Segundo a especialista Clark Shu, da Universidade de Ciência e Tecnologia Eletrônica da China, que foi entrevistada pelo South China Morning Post (SCMP), principal jornal de Hong Kong, esse tipo de parceria envolvendo escalas de tempo significa que os dois sistemas vão operar de maneira a “maximizar o uso dos recursos de ambos os sistemas”.

O novo acordo é uma expansão do convênio estabelecido entre os dois países em 2018, intitulado “Cooperação no uso pacífico do BeiDou e Glonass”, acrescentou o jornal.

O sistema chinês possui 30 satélites, com uma precisão de até 1,2 metro, melhor que o concorrente dos EUA, o GPS, que possui uma precisão máxima de 5 a 10 metros. O BeiDou também possui um sistema de mensagens de texto e grande relevância militar.

Já o Glonass é reconhecido pela estabilidade. O sistema russo é formado por 24 satélites, foi iniciado durante a Guerra Fria e retomado em 2011. Assim como BeiDou, também oferece diversos serviços estratégicos militares importantes.