O líder do Batalhão Azov, Denis Prokopenko, entregou-se no último grupo. Ao todo, 2.439 nazis depuseram armas

O Exército russo anunciou que os últimos militantes ucranianos do Batalhão Azov, inclusive seus comandantes, se renderam e todo o território da metalúrgica Azovstal, em Mariupol, foi controlado. Ao todo, 2.439 militares depuseram suas armas.

Na sexta-feira (20), o porta-voz do ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, informou que “o último grupo de 531 combatentes se entregou. Os túneis do local, onde se escondiam dos combatentes, passaram ao controle completo das Forças Armadas russas”.

“O território da siderúrgica Azovstal em Mariupol, onde um grupo de militantes ucranianos do grupo nazista Azov estava bloqueado desde 21 de abril, foi totalmente liberado”, continuou.

“As instalações subterrâneas da usina, nas quais os combatentes estavam escondidos, ficaram sob o controle total das Forças Armadas Russas”.

O líder do Batalhão Azov, Denis Prokopenko, estava no último grupo que se rendeu. Ele foi “transferido do território da fábrica em um veículo blindado especial”, “devido ao ódio dos moradores de Mariupol e ao desejo do povo de massacrá-lo por inúmeras atrocidades”. O major Serhiy Volyna, comandante da 36ª Brigada de Fuzileiros Navais, se rendeu um dia antes.

O jornalista Aleksandr Sladkov informou ainda que os nazistas mantinham, dentro da fábrica, quatro morteiros de 120mm, quatro canhões D-30, dois lançadores de foguetes Grad e dois tanques. Todos os equipamentos tinham munição.

Os militares que se renderam estão sendo revistados pelos russos e transportados para prisões na região de Donetsk.

Durante as revistas, as câmeras flagraram dezenas de tatuagens de símbolos nazistas como suásticas, a Totenkopf da 3ª Divisão SS, o símbolo da SS, a Wolfsangel, que é usada pelo Batalhão Azov em seu brasão, tatuagens do rosto de Hitler, do seu colaborador ucraniano Stepan Bandera, entre outras.

Também aparece nas filmagens a tatuagem 1488, que é utilizada por supremacistas brancos para se referir a uma frase racista de 14 palavras e a oitava letra do alfabeto, o H, para se referir a “Heil Hitler”. O símbolo ficou conhecido por seu uso entre os racistas dos Estados Unidos.

Com o avanço das tropas russas em Mariupol, os nazistas do Batalhão Azov se esconderam nos túneis da Azovstal e por lá permaneceram por meses. Apesar do governo ucraniano estar chamando de “evacuação”, eles se renderam e estão presos pelos russo e tropas de Donetsk. Os feridos estão sendo tratados em hospitais.

Os 200 cadáveres que foram mantidos congelados dentro da fábrica ainda não foram retirados.