Produção brasileira será exportada e colocada a serviço da população brasileira assim que a Anvisa liberar

O diretor-geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos, Kirill Dmitriev, afirmou, na quinta-feira (21), que a farmacêutica União Química, fabricante brasileira da vacina russa Sputnik V, já está produzindo o imunizante.

Dmitriev assinalou que a produção vai aumentar em fevereiro e que espera que a aprovação da Sputnik V no Brasil pela Anvisa aconteça nas próximas semanas.

A vacina Sputnik V já foi registrada para uso emergencial na Argentina, Bolívia, Sérvia, Hungria, Argélia, Palestina, Venezuela, Paraguai e Turcomenistão, sem contar a Rússia e Bielorrússia. Os Emirados Árabes Unidos registraram nesta quinta-feira (21) a vacina russa em processo acelerado para enfrentar a pandemia.

Desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya da Rússia, a Sputnik V foi registrada pelo Ministério da Saúde da Rússia em 11 de agosto de 2020, tornando-se a primeira vacina registrada contra a Covid-19 no mundo. De acordo com o Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, sua eficácia é superior a 91,4%.

Apesar destas informações, a Anvisa disse que o registro da Sputnik-V foi adiado no Brasil por não apresentar “requisitos mínimos para submissão e análise”, e que não foram feitos testes clínicos com o imunizante em território brasileiro.

O acordo firmado entre a União Química e o Fundo Russo de Investimentos Diretos prevê transferência de tecnologia para a produção da Sputnik V nas fábricas do laboratório em Brasília e Guarulhos (SP). Segundo o fundo russo, 150 milhões de doses da vacina podem ser disponibilizadas ao Brasil até o fim de 2021. Só falta a Anvisa aprovar o registro para uso emergencial.