A decisão foi tomada em assembleia realizada pelo Sindicato dos Jornalistas com 135 participantes na última segunda-feira (16/05).

Em assembleia realizada no Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro na última segunda-feira (16/5), os profissionais dos jornais O Globo, Extra, Valor Econômico, O Dia, Lance e de revistas da Editora Globo, entre outros órgãos de imprensa, anunciaram uma paralisação de duas horas nesta quarta-feira (25), por reajuste salarial com reposição de 100% da inflação.

Durante a paralisação, os profissionais vão promover um ato, no horário de fechamento, em protesto contra a proposta patronal de reajuste muito abaixo do índice de inflação.

A decisão foi tomada depois de mais de três meses de negociação, após a data-base da categoria, em 1º de fevereiro, sem que houvesse avanço. Diante da inflação de 10,65% até a data-base, as empresas ofereceram reajuste de apenas 3,5%, sem retroatividade.

“É a resposta da categoria ao desrespeito e descaso das empresas de jornais e revistas, impressos e digitais, que tiveram a cara de pau de oferecer 3,5% de reajuste salarial quando a inflação da data-base foi de 10,60%. Inflação que continua subindo e aumentando as perdas acumuladas desde 2019”, diz nota do sindicato.

A categoria reivindica ainda, além do reajuste nos salários e benefícios, 2% de reposição de perdas, pagamento da retroatividade à data-base (1º de fevereiro) e da PLR.

O sindicato esclarece que, com a MP 936 (redução de jornada e salário), os jornalistas do segmento de impressos/digitais tiveram seus salários reduzidos e, embora a MP também previsse a redução de jornada, “o fato é que o home office aumentou não só a carga diária de trabalho como também as despesas com pacotes de internet e energia”.

“As perdas salariais acumuladas desde então não foram repostas e num cenário de inflação em alta só vêm aumentando. A intransigência das empresas de impressos/digitais, que desde a entrega da pauta de reivindicações em novembro de 2021 só realizaram uma reunião com o Sindicato, foi a gota d’água”, afirma o sindicato.