O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), deverá ser convocado pela CPI da Pandemia para explicar apoio a ato espalha-vírus de Bolsonaro

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), deverá ser convocado pela CPI da Pandemia para depor por conta do apoio logístico que deu ao passeio de moto e à manifestação promovidos por Jair Bolsonaro, no domingo (23).

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), já se manifestaram a favor da convocação de Castro, que será votada na quarta-feira (26).

Para Aziz, as aglomerações causadas por Jair Bolsonaro recebem “crítica do mundo todo”.

“O governo do Rio de Janeiro tem decretos proibindo aglomerações. As pessoas não podem ir à praia. E ontem o governador colocou um aparato de mil policiais” e “fechou avenidas” para ajudar a aglomeração de Bolsonaro.

Renan Calheiros disse que “o governador precisa explicar essa molecagem. É preciso dar um basta a isso”.

No domingo, Bolsonaro passeou pelo Rio de Janeiro sem usar máscara e abraçando seus apoiadores, que também se recusam a usar a proteção.

Depois de andar de moto pela cidade, ele participou de uma manifestação ao lado do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Ele disse à CPI da Pandemia que não apoia aglomerações e incentiva o uso de máscara.

O ex-ministro, que é general da ativa, é alvo de um processo administrativo aberto pelo comandante do Exército, general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira.

Militares da ativa são proibidos pelo Estatuto dos Militares e pelo Regulamento Disciplinar do Exército de participarem de manifestações e dar declarações político-partidárias.