Pré-candidatura coletiva Marilda do Quilombo em Angra
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) lançou em Angra dos Reis a pré-candidatura do coletivo Marilda do Quilombo, que reúne cinco integrantes.
Durante o ato unificado de lançamento das pré-candidaturas quilombolas dos municípios do Rio de Janeiro (realizada no dia 8 de junho no quilombo Sacopã, na zona sul da capital fluminense), Marilda do Quilombo, Cacique Miro, e Flávia Silva concederam uma entrevista para falar sobre esse projeto coletivo do PCdoB na cidade de Angra, que ainda conta com a participação de Neide Azevedo e Celso Pinheiro.
Marilda do Quilombo ressaltou que a construção dessa pré-candidatura coletiva tem o objetivo de “fortalecer as comunidades e lutar pelos direitos da população indígena, quilombola e caiçara da região, que enfrenta muitas dificuldades”. Marilda ainda afirmou que:
“Estamos esquecidos pelo poder público e precisamos nos organizar para ocupar os espaços de poder e garantir a nossa representação. Através dessa pré-candidatura coletiva ganhamos força dentro e fora dos nossos territórios. Vamos mostrar para o nosso município que existe quilombo, aldeia, e o povo caiçara. Nós queremos lutar para entrar na Câmara e mostrar nosso rosto, nossa cultura, nossa ancestralidade, e nosso desejo de garantir as políticas públicas para o nosso povo”.
O professor e cacique Miro da aldeia Sapucaia também integra o coletivo e fez questão de ressaltar:
“Vivo há 40 anos na minha aldeia e sempre tivemos muitas dificuldades, parece que sempre tivemos que ‘pedir favores’ ao poder público, mas acredito que devemos somar forças através desse coletivo para lutar pelos nossos direitos como cidadãos. Juntos nós teremos força para representar as nossas comunidades tradicionais. Essa pré-candidatura vai ser forte e vai repercutir muito pois não representamos apenas as nossas comunidades, representamos o povo brasileiro
A presidente da Arquisabra (Associação dos Remanescentes Quilombolas de Santa Rita do Bracuí), Flávia Silva, destacou:
“Com essa pré-candidatura coletiva nós ganhamos força e ampliamos a nossa representatividade. Queremos levar as nossas pautas para a Câmara de Vereadores e lutar para que as políticas públicas cheguem de fato aos nossos territórios e à população do quilombo e da aldeia. Ocupar esse espaços é fortalecer as nossas comunidades e o nosso povo.”