Dados divulgados nesta terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2021, na comparação com os três meses anteriores. O dado foi comemorado pelo governo, que entendeu o resultado como “um crescimento bastante forte da economia este ano”, como declarou o ministro da Economia, Paulo Guedes. No entanto, o resultado coloca o país num patamar similar ao observado “entre fim de 2012 e começo de 2013”, conforme destacou a chefe do departamento de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Para o líder do PCdoB, deputado federal Renildo Calheiros (PE), o crescimento foi “pífio” e impactado pelo negacionismo do governo Bolsonaro em relação à pandemia.

“É revoltante que o governo Bolsonaro comemore o crescimento pífio do PIB: apenas 1,2%, no primeiro trimestre de 2021. Afinal, a equipe econômica não fez nada para estimular a economia. Se houvesse empenho para reduzir os danos da crise sanitária, poderíamos ter crescido bem mais. O negacionismo da doença impede a retomada econômica”, declarou.

Para o parlamentar, o governo Bolsonaro precisa trabalhar duro para vacinar toda a população e só então pensar em recuperação econômica. “Só assim reduziremos mortes, recuperaremos a economia, que começa a perder força novamente, e geraremos mais emprego e renda no país”, destacou Renildo.

De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Brasil já registra mais de 462 mil óbitos pela Covid-19. Além do elevado número de mortes, o país bate recorde em desemprego, não investe na aquisição das vacinas para acelerar o ritmo da imunização da população, não fornece um auxílio emergencial mínimo à população, ou possui qualquer projeto de desenvolvimento nacional.

“Chega de improviso! O governo Bolsonaro não pode falhar mais. É preciso um esforço governamental coordenado para vencermos as incertezas. Especialistas esperam uma terceira onda da Covid-19, o que pode detonar mais uma vez a economia. Outro desafio iminente é o risco de apagão energético no Brasil. Isso atingiria empresas e famílias, que poderão ter aumento da tarifa de energia. Em vez de combater essas ameaças, o governo Bolsonaro se empenha em privatizar a Eletrobras”, concluiu.

 

Por Christiane Peres

 

(PL)