Hoje faz 57 anos que o Brasil vivenciou o golpe de 64 e o início de uma ditadura militar cruel. Essa tragédia manchou a história nacional com perseguições, mortes e sepultamento de liberdades.
Por Renildo Calheiros*

Nós do PCdoB sempre destacamos o 31 de março para que essa data nunca seja esquecida. Sofremos na pele a opressão do Estado. Homenageamos todos os brasileiros que sacrificaram a vida para forjar o atual estado democrático de direito.

Em 2021, entretanto, tornou-se ainda mais imprescindível reforçar a luta pela democracia. Essa pauta entrou no centro da política nacional em razão da postura cada vez mais autoritária de Jair Bolsonaro.

Pelo terceiro ano consecutivo, o governo Bolsonaro celebra o golpe de 64, como se fosse um movimento legítimo. Não foi. Foi um golpe militar. Legítimo era o governo do presidente João Goulart.

O momento atual é gravíssimo. É inaceitável que o presidente da República instigue militantes a defender o fechamento do Supremo Tribunal Federal. É intolerável que se tente subordinar o Congresso Nacional e politizar as Forças Armadas. O ódio aos governadores por adotarem medidas de combate à pandemia também é absurdo em meio a quase 320 mil mortes por coronavírus. Estamos no limiar da fronteira do que é compatível com a democracia.

Deputados e senadores estão mobilizados, nós devemos cumprir o nosso papel de defesa da Constituição, do regime democrático, das instituições, da liberdade de opinião e dos direitos básicos do povo brasileiro. Não aceitaremos retrocessos. Não daremos espaço para aventuras golpistas. Ditadura nunca mais!

 

*Renildo Calheiros é deputado federal (PCdoB-PE) e líder da bancada do PCdoB na Câmara dos Deputados.

 

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