Deputado Renildo Calheiros (PE), líder da bancada do PCdoB na Câmara.

O líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), usou as redes sociais nesta quarta-feira (20) para denunciar a situação de fome e a miséria que atingem grandes parcelas da população brasileira em decorrência da política econômica desastrosa do governo federal e a gestão criminosa da pandemia de Covid-19.

“Jair Bolsonaro está afundando o país graças à sua omissão, incompetência, negação da ciência, desprezo ao povo e subserviência ao capital financeiro”, escreveu no Twitter.

Renildo Calheiros ressaltou que a inflação dos alimentos, a fome e a pobreza se alastram pelo país. “O Brasil vive um momento sem paralelo em sua história, onde se misturam quatro crises: a sanitária, a social, a econômica e a política”, assinalou.

Segundo o parlamentar, o mais inusitado é que, mesmo diante do aumento da miséria, do desemprego e da inflação, “o próprio presidente da República é o grande responsável pelo agravamento desse cenário catastrófico”.

O líder do PCdoB também criticou a extinção do programa Bolsa Família, que Bolsonaro pretende substituir por uma política social transitória e eleitoreira, o Auxílio Brasil, cuja duração seria limitada até dezembro de 2022, poucos dias após as eleições gerais no país.

“É um erro fazer políticas públicas mal planejadas e abruptas às vésperas das eleições”, disse.

Para o parlamentar, o mais eficaz seria ampliar o valor dos benefícios do Bolsa Família e o público já atendido. Com milhões de brasileiros passando fome, pagando por ossos e tirando comida de caminhões de lixo para se alimentar, Bolsonaro planeja lançar, no lugar do programa social que completa hoje 18 anos, um novo auxílio, que deve pagar entre R$ 300 e R$ 400, numa clara tentativa de se manter apto à disputa eleitoral do próximo ano.

“É absurdo que o Bolsa Família seja extinto sem qualquer estudo técnico que ampare essa decisão do presidente Bolsonaro. Em 18 anos de existência, esse programa foi aprimorado, incorporando críticas e sugestões. Com base em dados, conseguiu-se avançar beneficiando os mais pobres”, pontuou Renildo Calheiros.