Renato Rabelo defende plano econômico emergencial para contornar crise
O presidente da Fundação Maurício Grabois, Renato Rabelo, defendeu um plano econômico emergencial para enfrentar a crise econômica e sanitária que castiga o povo brasileiro e foi sensivelmente agravada pela emergência da pandemia do coronavírus.
Na opinião de Rabelo, o plano emergencial pressupõe a ativa liderança do Estado, o que vai de encontro à política neoliberal de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro. A austeridade fiscal imposta ao país desde o golpe de 2016, radicalizada pelo atual governo, é o grande obstáculo neste caminho.
Liderança do Estado
O líder comunista defendeu até a emissão de dinheiro, pois “só com o Estado assumindo gastos e investimentos públicos em larga escala poderemos abrir caminho a uma saída positiva para a crise, à recuperação da economia”.
Segundo ele, “a recuperação econômica é fundamental” e deve apontar na direção da “reconstrução do Brasil para um novo projeto nacional de desenvolvimento, orientado no sentido da reindustrialização do país e realização de reformas estruturais progressistas”.
Citou, entre elas, a reforma tributária democrática e progressiva focada no combate às desigualdades sociais e no aumento da taxação sobre as camadas mais ricas da sociedade. “Quem tem muito deve pagar muito, quem tem pouco deve pagar pouco, é preciso elevar os impostos para quem tem e reduzir impostos para os mais pobres”.
Renato Rabelo denunciou a alienação da soberania brasileira para os Estados Unidos e defendeu a formação de uma frente ampla democrática para fazer frente ao governo neofascista do governo Bolsonaro.
Impressão de moedas
“Nesta primeira fase temos uma ampla frente, se conseguirmos derrotar Bolsonaro abrimos uma outra fase. Agora precisamos fazer aliança inclusive com os setores liberais, que defendem a democracia e também medidas econômicas emergenciais, como a impressão de moeda, que neste momento é fundamental”, afirmou.
“É preciso mostrar para o povo que sem a forte participação do Estado nós não temos saída para a crise”, complementou. Com a pandemia, diz Renato Rabelo, a importância do Estado ficou muito mais evidente.