É urgente a libertação do jornalista e fundador do WikiLeaks devido ao risco de vida iminente, afirma o Manifesto assinado por 400 personalidades.

É urgente a libertação do jornalista e fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que está em risco de vida iminente, afirma manifesto assinado por 400 personalidades de dezenas de países.

A Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade exigiu a imediata libertação de Assange, sua não extradição para os Estados Unidos e o respeito ao devido processo legal, flagrantemente violentado.

São signatários, entre outras personalidades, Noam Chomsky (EUA); Ricardo Patino (Equador); Stephen Kimber (Canadá); Pascual Serrano (Espanha); Ricardo Ronquillo (Cuba);  Atilio Borón (Argentina) e Fernando Buen-Abad (México).

Assange, que expôs via o WikiLeaks os crimes de guerra cometidos pelas tropas dos EUA no Iraque e no Afeganistão, mostrados em arquivos do próprio Pentágono ou do Departamento de Estado, está ameaçado de extradição para os EUA, sujeito a 175 anos de cadeia por ‘espionagem’.

O WikiLeaks compartilhou as denúncias, trazidas à luz por Chelsea Manning, com os principais jornais do mundo e Assange foi na época agraciado com alguns dos principais prêmios de jornalismo, até ser vítima de operação de assassinato de reputação de parte de Washington, com a conivência de autoridades legais suecas e inglesas.

Depois de ficar restrito por sete anos à embaixada do Equador em Londres, Assange foi entregue pelo governo de Lenin Moreno e agora se encontra confinado na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, para aguardar o resultado do julgamento da extradição.

O pretexto para manter Assange preso foi que faltou a uma audiência de fiança, quando pediu asilo ao Equador para não ser extraditado para os EUA.

Ainda que desde setembro passado estivesse em condições de sair em liberdade condicional, um tribunal inglês manteve Assange na chamada ‘Guantánamo britânica’, como se fosse um terrorista ou criminoso violento.

Logo após visitá-lo no presídio e submetê-lo ao chamado “Protocolo de Istambul”, o relator especial das Nações Unidas sobre a Tortura, Nils Melzer, informou que Assange “apresentou todos os sintomas típicos de uma exposição prolongada à tortura psicológica”.