Radialista conhecido como “Sr. Antivacina” morre de Covid na Flórida
Mais um radialista da Flórida, que todos os dias arengava contra a aplicação da vacina contra a Covid-19, morreu da doença.
Marc Bernier, 65, faleceu no sábado. Ele havia sido hospitalizado no início deste mês, informou o Daytona Beach Journal.
O “Sr. Anti-Vaccine”, como se autodenominava Bernier, era conhecido por dar declarações contra as vacinas não só contra a Covid-19 mas também contra outras doenças, além de criticar medidas de isolamento durante a pandemia. Em 30 de julho deste ano, nas redes sociais, o radialista afirmou que aqueles que no governo norte-americano impulsionam a vacinação da população estavam “agindo como nazistas”, tirando “sua liberdade”.
“Com grande tristeza o WNDB [News Daytona Beach] e a Southern Stone Communications anunciam o falecimento de Marc Bernier, que informou e entreteve os ouvintes do WNDB por mais de 30 anos. Pedimos gentilmente privacidade à família de Marc durante este período de luto”, disse, nas redes sociais, a rádio em que Bernier trabalhava.
É o terceiro na lista de radialistas antivacinas que faleceram pela doença nas últimas semanas. Phil Valentine, um locutor de 61 anos do Tennessee, faleceu há 10 dias, após ficar internado durante um mês. Valentine ganhou fama ao lançar “Vaxman” para seus ouvintes da rádio SuperTalk 99.7 WTN, um cover da famosa canção dos Beatles “Taxman”, zombando da vacina.
E na Flórida, Dick Farrel, 65, ex-comentarista da Newsmax, também morreu no início de agosto em West Palm Beach. O radialista se referia ao conhecido defensor das vacinas anti-covid, o conselheiro da Casa Branca, Dr. Anthony Fauci, como um “monstro poderoso e mentiroso”. Porém, depois de contrair Covid, Farrel e Valentine incentivaram as pessoas a serem vacinadas.
Em cinco estados republicanos, com governos defensores do ex-presidente Donald Trump – Utah, Iowa, Oklahoma, Carolina do Sul e Tennessee – foram emitidas proibições contra o requisito de uso de máscaras nas escolas como em outras entidades públicas, argumentando que, em nome da “liberdade”, o uso de proteções, como também de vacinas, deve ser uma decisão pessoal e não imposta pelas autoridades.
Em resposta, o Departamento de Educação do governo Biden anunciou que está abrindo investigações de direitos civis contra as proibições.
O secretário da Educação, Miguel Cardona, acusou o governo desses estados de “colocarem a política acima da saúde e da educação dos estudantes”. Ele acrescentou que seu departamento considera de suma importância a volta às aulas e “lutará para proteger o direito de cada aluno de ter acesso seguro ao aprendizado presencial”.
Os dois sindicatos nacionais de professores, a Federação Americana de Professores (AFT) e a Associação Nacional de Educação (NEA), ambas a favor da reabertura presencial de todas as escolas, saudaram o anúncio do Departamento de Educação.
“As escolas precisam ser capazes de garantir a segurança de todos os alunos, educadores e suas famílias. Proibir o uso de máscaras contradiz a ciência, a saúde pública e o bom senso … Esperamos que esses governadores parem de optar pela politicagem partidária em vez de proteger os estudantes para que possamos juntos derrotar esse vírus mortal e manter o ensino e a aprendizagem seguros ”, declarou Becky Pringle, presidente da NEA, na segunda-feira (30).
“Nossos jovens precisam estar na escola e permanecer na escola. É por isso que defendemos medidas de proteção… como máscaras faciais, distanciamento físico, testes de monitoramento e melhorias nos sistemas de ventilação [nas escolas]. É inaceitável que alguns governadores estejam proibindo os funcionários de exigir o uso de máscaras nas escolas ”, escreveu Randi Weingarten, presidente da AFT.