epa08884610 Then US Vice President Joe Biden (L) shakes hands with then Russian Prime Minister Vladimir Putin during their meeting in Moscow, Russia, 10 March 2011 (reissued 15 December 2020). Russian President Vladimir Putin congratulated Joe Biden for his victory in the US presidential election in a telegram published on the Kremlin's website on 15 December 2020. EPA/MAXIM SHIPENKOV

Com base na análise dos dados no teste no âmbito da terceira fase, a vacina Sputnik V demonstrou uma eficácia de 91,4%.

“A análise dos dados na terceira fase de controle conclusivo dos testes clínicos da vacina Sputnik V, esta confirmou uma eficácia superior a 90%, capacidade que tem sido sucessivamente demonstrada em três testes estatisticamente significativos estipulados no protocolo. Os dados obtidos constituirão a base do relatório que será usado para solicitar o pedido de registro acelerado da vacina russa em outros países”, declarou Kirill Dmitriev, diretor-geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI) que patrocina o trabalho do Instituto Gamaleya onde o produto foi desenvolvido.

Foi também constatado que a eficácia da vacina russa Sputnik V para prevenir casos graves de coronavírus é de 100%, conforme informou aequipe do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, na segunda-feira (14).

“A eficácia da vacina Sputnik V contra casos graves de coronavírus é de 100%. Dos casos confirmados de infecção por coronavírus no grupo [que tomou] placebo foram registrados 20 casos graves, enquanto no grupo que tomou a vacina não foram registrados casos graves”, afirmou em comunicado e Centro russo que desenvolveu o imunizante. Foram avaliados 22.714 voluntários.

Segundo especialistas o que caracteriza a vacina russa é o uso de uma tecnologia de uso de adenovírus [vírus atenuado] humano. São dois vetores diferentes, Ad26 e Ad5, que são aplicados em duas injeções distintas.

Esta solução não contém adenovírus humanos vivos, mas vetores adenovirais, que não se multiplicam e são totalmente seguros para a saúde. Na verdade, o medicamento se baseia em uma plataforma de dois vetores já existente, com a qual outras vacinas já foram criadas.

Esta abordagem proporcionaria uma resposta imunológica mais forte e mais duradoura do que as vacinas que usam o mesmo componente para duas doses injetadas.

A Rússia, que em agosto se tornou o primeiro país a registrar uma vacina contra COVID-19, batizada de Sputnik V, começou a imunizar sua população contra o coronavírus Sars-CoV-2 no dia 5 de dezembro.

O governo já enviou doses para todos os estados do país e imunizou em Moscou mais de 200 mil pessoas dos grupos prioritários – trabalhadores da saúde, da educação e de serviços sociais, além de militares.

Os testes clínicos da vacina Sputnik V estão em andamento na Argentina, Bielo-Rússia, Emirados Árabes Unidos, Índia, Venezuela e vários outros países.