PSG e Istambul Basaksehir saem de campo contra racismo de árbitro
O jogo entre os times Paris Saint-Germain e Istambul Basaksehir, válido pela Liga dos Campeões da Uefa (Copa Europeia de Futebol), foi paralisado após os dois times deixarem o campo acusando o quarto árbitro Sebastian Colţescu, da Romênia, de racismo contra o camaronês Pierre Webó, ex-atacante e agora membro da comissão técnica da equipe turca. No instante seguinte a esta agressão houve ainda uma discussão entre o árbitro e um jogador da equipe turca, nesta terça (8).
Aos 16 minutos do primeiro tempo, o atacante Demba Ba, da equipe turca, reclamou que quarto árbitro tinha proferido uma ofensa racista ao se referir a Pierre Webó.
Pouco tempo depois os atletas saíram de campo. No estádio Parque dos Príncipes, em Paris, a Uefa informou que o jogo estava suspenso.
Tudo começou aos 13 minutos da primeira etapa quando o lateral brasileiro Rafael, do Istanbul Basaksehir, tomou um cartão amarelo.
Membros da equipe turca reclamaram da punição.
Nesse momento, o quarto árbitro Sebastian Coltescu chamou o juiz principal, Ovidiu Hategan, e pediu punição a Pierre Webó: “Aquele preto ali. Vá lá e verifique quem é. Aquele preto ali. Não dá para agir assim”, afirmou Coltescu ao se referir ao camaronês da comissão técnica do Istambul.
Em áudio capturado pela transmissão, Ba enfrentou o quarto árbitro: “Você nunca fala ‘este cara branco’, então por que quando você vai falar de um negro, você fala ‘este cara negro’?”
A transmissão oficial da partida também pegou o momento em que os atacantes Mbappé e Neymar disseram para o juiz Ovidiu Hategan que não voltariam para o jogo, caso o quarto árbitro Sebastian Coltescu continuasse em campo.
O árbitro Ovidiu Haţegan tentou falar com os atletas do Basaksehir, mas eles mantiveram a decisão de deixar o campo. Pouco depois, os jogadores do PSG acompanharam a decisão dos turcos após gestos de Neymar para que os companheiros deixassem o campo.
Após a paralisação da partida, o time Basaksehir usou as redes sociais para se manifestar, reforçando a campanha “Não ao Racismo”, da própria Uefa.