Após o impacto negativo da tentativa do governo federal de conceder incentivos fiscais para a conta de energia de templos religiosos, Jair Bolsonaro disse quarta-feira (15) que não avalia mais implementar a medida.
Depois de uma reunião pela manhã com o missionário R.R. Soares, líder da Igreja Internacional da Graça de Deus, e o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), um dos representantes da bancada evangélica no Congresso, ele afirmou que “está suspensa qualquer negociação” sobre a possibilidade de dar subsídio às igrejas.
A ideia do governo recebeu muitas críticas, entre outras coisas porque o subsídio seria apenas para os grandes templos. Ou seja, religiões que não têm espaços grandiosos para cultos estariam de fora. As igrejas católicas também seriam beneficiadas, mas o principal alvo de Bolsonaro eram as igrejas evangélicas.
Ao deixar o Palácio do Alvorada na manhã da terça (14), Bolsonaro já havia se queixado das críticas. “Estou apanhando e nem decidi ainda”, reclamou.
Segundo o presidente, o veto ao subsídio partiu da equipe econômica. Porém, apesar de ter recuado, Bolsonaro insistiu na viabilidade da proposta e afirmou que “o impacto [financeiro] seria mínimo na ponta da linha”.
“A política da economia é não ter mais subsídios, está suspensa qualquer iniciativa nesse sentido”, disse após reunião com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.