Estudo publicado na revista Science aponta forte queda na eficácia da Pfizer, Jansen e Moderna

A eficácia da vacina norte-americana Pfizer apresenta queda de 87% para 43% após seis meses de aplicada, enquanto que a da Janssen cai de 83%, assim que é aplicada, para 13% após o citado período. A conclusão é de um estudo realizado com a participação de 780.225 veteranos das forças armadas dos Estados Unidos de fevereiro a outubro deste ano.

A pesquisa foi elaborada com a participação do Instituto de Saúde Pública de Oakland, do Centro de assuntos de veteranos em São Francisco e, ainda, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas.

A Moderna, também produzida nos EUA, também mostrou queda significativa na proteção ao coronavírus após seis meses de aplicada: de 89% para 58%.

No estudo, publicado na 5ª feira (4) pela revista Science, mostra que a proteção se mantém elevada quando se trata de evitar fatalidades, mas não consegue impedi-las totalmente, em particular quando se trata de idosos. Assim é que os idosos (até 65 anos), quando contraem o vírus, tem 73% de chances de não ir a óbito quando imunizados com a vacina da Janssen. Quando vacinados pela Moderna as chances de sobrevida entre os infectados é de 81,5%. Para os que tiveram a aplicação da vacina da Pfizer as chances vão a 84,3%.

No entanto, para os idosos com mais de 65 anos, a queda em termos de garantia de sobrevida cai substancialmente: 52% para os que foram vacinados com o produto da Janssen. 70,1% para os que tomaram Pfizer e 75,5% para a vacina da Moderna.

O estudo, denominado Proteção vacinal e mortes por SARS-Cov-2 entre veteranos durante 2021 (SARS-Cov-2 vaccine protection and deaths durante 2021), revela também que a queda na proteção está relacionada com o surto da variante Delta contra o qual as três vacinas mostraram redução acentuada de eficácia.

A conclusão é que, ainda que os vacinados com duas doses tenham mais chances de sobrevida após a contração do vírus, impedir as fatalidades só se faz possível com a aplicação de terceiras doses após seis meses da segunda dose, as chamadas doses de reforço entre os que foram vacinados pelos imunizantes norte-americanos. Isto vale para os vacinados com imunizantes da Pfizer, Janssen e também da Moderna.

“Os resultados mostram a importância de esforços continuados para aumentar o percentual de vacinação da população e de aplicação de doses de reforço”, afirma o texto da pesquisa.