Agencia Caixa Econômica Federal | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com as novas regras instituídas pelo governo para a prorrogação do pagamento do auxílio emergencial, que foi cortado pela metade, cerca de 6 milhões dos atuais beneficiários ficarão de fora do programa ou não poderão receber integralmente as quatro parcelas de R$ 300 até dezembro.

Segundo reportagem da Folha, os dados são de técnicos do Ministério da Economia que, sob anonimato, informaram que, com isso, o governo pretende “economizar” R$ 5,7 bilhões por mês (R$ 22,8 bilhões no acumulado até o fim do ano).

Na nova MP que regulariza o benefício, os pagamentos só poderão ser feitos até dezembro, diferentemente da primeira fase do auxílio, que não tinha prazo de validade e as pessoas receberam os atrasados mesmo que inscritas após o início do programa.

Com isso, se o pagamento das parcelas de R$ 300 não for regularizado imediatamente pelo governo, com as dificuldades de adequação ao novo sistema, e os problemas verificados na primeira fase, com erro nos dados, muitos ficarão sem receber.

Portanto, seguindo os calendários ainda da primeira fase do programa, quem recebeu a primeira parcela de R$ 600, em julho, por exemplo, terá direito apenas a uma parcela da extensão do programa, de R$ 300. Não poderá receber parcelas restantes no começo de 2021. Significa que perderá duas parcelas.

No caso de quem recebeu a primeira parcela de R$ 600, em junho, receberá apenas duas das parcelas de R$ 300, e assim por diante.

Além de outras restrições, como a exclusão dos que se inscreveram no programa em julho, ou os que passaram a ter vínculo empregatício durante o período em que os R$ 600 estavam valendo, ou a redução da cota por família, que antes era de três pessoas e agora passou a ser duas por família.

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