O mercado financeiro reduziu a expectativa de crescimento em 2021 pela sexta semana consecutiva. Na semana passada, esperava-se que o Produto Interno Bruto (PIB) crescesse 3,17% no ano. Agora, a projeção é crescimento de 3,08%. A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira (12) no Boletim Focus, pesquisa semanal realizada pelo Banco Central junto a instituições financeiras.

Os economistas consultados também aumentaram a projeção para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,81% na semana passada para 4,85% esta semana.

Com a expectativa de mais inflação, também houve ajuste para cima na projeção para a Selic, taxa básica de juros da economia, ao fim de 2021. Na semana passada, previa-se taxa básica de 5% ao ano ao fim deste ano. Há um mês, a projeção era de 4,5% ao ano. Agora, está em 5,25% ao ano.

Atualmente, a taxa Selic está em 2,75% ao ano. Em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic em 0,75 ponto percentual e deu indicativo de nova elevação no próximo encontro.

A Selic é o principal instrumento da autoridade monetária para controle da inflação, com elevações da taxa para estimular a poupança e conter a demanda quando há maior pressão inflacionária.

No entanto, economistas têm criticado a decisão do Banco Central de aumentar juros em um momento de acirramento da crise sanitária e, consequentemente, aprofundamento da crise econômica. Em entrevista recente ao Portal Vermelho, o economista Paulo Kliass argumentou que o aumento da inflação experimentado no país não está relacionado ao aumento da demanda.