A presidenta do PCdoB, Luciana Santos, participou nesta sexta-feira (16), por videoconferência, do 9º Encontro Sindical Nacional do Partido, que está sendo realizado em Salvador (BA). Antes mesmo de apresentar seu informe sobre a conjuntura nacional e internacional, Luciana elogiou a grande mobilização de sindicalistas comunistas. Cerca de 450 delegados, de 23 estados, participam presencialmente do Encontro.

“Que seja um momento de reflexão estratégica sobre os desafios da luta dos trabalhadores por direitos, por democracia, por soberania e pelo socialismo. Para os comunistas, é papel do movimento sindical, neste período importante da vida política nacional, fortalecer sua unidade e mobilização”, afirmou a dirigente.

Entre as tarefas atuais para os trabalhadores, ela frisou que o Partido, na frente sindical, deve lutar para “recuperar direitos perdidos, defender a democracia, o desenvolvimento soberano, a justiça social e a valorização do trabalho. Estas são as “premissas para se criar as condições para o Brasil avançar rumo ao socialismo, conforme prega o programa do PCdoB”.

Luciana afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está às voltas com seu mandato presidencial mais complexo, a começar pelo contexto internacional. “Há um ambiente de tensões e múltiplas crises, como os impactos do pós-pandemia e as consequências da guerra na Ucrânia. Este quadro impacta na atividade econômica, com queda no preço de commodities e inflação.”

Os primeiros meses do governo Lula levaram o Brasil a retomar seu “prestígio internacional”, orientando a política externa “aos objetivos do desenvolvimento nacional, da defesa da paz e da integração regional”. Para Luciana,  “o Brasil tem procurado ter voz própria nos grandes temas da agenda internacional”, além de empenhar-se na integração regional.

Luciana listou quatro desafios para Lula viabilizar os compromissos e as promessas de seu governo, reconstruir o Estado e fortalecer a democracia. É preciso, segundo ela, formar uma sólida base de apoio ao governo no Congresso, retomar a atividade econômica, ampliar a base social e entregar realizações que correspondam às “imensas expectativas” do povo brasileiro.

De acordo com a dirigente, cabe ao PCdoB buscar uma participação cada vez mais relevante no governo. Hoje, o Partido lidera o Ministério da Ciência, Teconologia e Inovação, que tem a própria Luciana à frente.

“É um posto privilegiado, estratégico, que tem grande relação com o nosso programa, o Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento”, diz a presidenta do PCdoB. “Vamos impulsionar investimentos em projetos que busquem reduzir as assimetrias regionais e contribuir para a inovação em complexos industriais e tecnológicos essenciais para o desenvolvimento do Brasil, como os de saúde, defesa, alimentos e energia”.

Luciana diz que os comunistas devem lutar para o programa do PCdoB avance na pauta do governo. “O Partido se fortalecerá no bojo do ambiente democrático, das conquistas econômicas e sociais, decorrentes do êxito do governo Lula e das bases para o estabelecimento de um novo projeto nacional de desenvolvimento. Um programa de transformação que valorize o trabalho, o emprego e a renda”.

Aos 101 anos, o PCdoB é “uma força que busca contribuir com a elevação do papel político e na leitura dos grandes desafios do País”, conclui Luciana. “Temos uma contribuição relevante a darmos para o êxito do governo Lula – e para trilharmos um caminho de fortalecimento organizativo e político do Partido.”