VIGÍLIA PELA VIDA E NÃO À VOLTA DAS AULAS PRESENCIAIS Nesta sexta-feira 28, às 17h, na Praça da República, centro da capital, a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo) realizará um ato ecumênico contra o retorno das aulas presenciais e em defesa da vida! Fotos: Elineudo Meira / @fotografia.75

Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo entram em greve a partir desta segunda-feira (8). A paralisação é um protesto contra a criminosa volta às aulas em pleno avanço da pandemia de Covid-19. Na assembleia virtual realizada na sexta-feira (5) pela Apeoesp (o sindicato da categoria), 91,7% dos votantes apoiaram a greve.

 

Apesar de se recusarem a darem aulas presenciais, os professores vão permanecer com o trabalho remoto. Essa decisão teve apoio de 81,8% da categoria. É uma alternativa para que, mesmo com as limitações do ensino online, milhões de estudantes não fiquem parados.

 

Segundo a professora Bebel, presidenta da Apeoesp, trata-se de uma “greve sanitária em defesa da vida contra a volta às aulas presenciais”. Ela afirma que, diferentemente de outras paralisações, desta vez o foco é a saúde e a vida, tanto de professores quanto de estudantes, funcionários e familiares.

 

“Não há condições para um retorno seguro. As escolas não apresentam a mínima infraestrutura. Recebemos a todo momento fotos e vídeos de professores mostrando banheiros quebrados, lixo acumulado, goteiras, álcool em gel vencido – e tudo isso já está causando consequências graves”, denuncia Bebel.

 

Conforme levantamento da Apeoesp, já foram registrados 147 casos de Covid-19 nas escolas estaduais desde a volta às aulas. “Todas tiveram algum tipo de atividade presencial. Imagine o que vai acontecer quando milhões de estudantes voltarem para as aulas presenciais no estado”, afirma Bebel.

 

Nesta semana, a Apeoesp vai realizar uma série de atos e manifestação. “Queremos dialogar com a população. Teremos carros de som em todas as cidades, campanha de esclarecimento nas redes sociais, rádios e TV, carreata, manifestações regionais”, diz a presidenta do sindicato. “Iremos às Câmaras Municipais, conversaremos com prefeitos e realizaremos encontro com professores, pais, mães, estudantes e funcionários, entre outras ações.”

 

Com informações da Apeoesp