Juarez Xavier é professor de Jornalismo na UNESP.

No Dia da Consciência Negra, o professor de Jornalismo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Juarez Xavier foi atacado com um canivete após ser vítima de ofensa racista em Bauru, interior de São Paulo.
Ele relatou em suas redes sociais que foi atacado com muitos golpes durante uma confusão nas proximidades um supermercado da cidade.
Juarez Xavier ainda revelou sua revolta pelo fato de, no Dia da Consciência Negra, ter sido chamado de “macaco” por seu agressor. Segundo a Polícia Militar, ele teve ferimentos superficiais, passou por atendimento médico e já teve alta.
Durante a briga, o homem sacou de um canivete e desferiu dois golpes contra o professor, que foi atingido no ombro e no braço. Sua camisa acabou ensanguentada.
De acordo com o relato da PM, o professor sofreu ferimentos superficiais. Já o suspeito das agressões, que inicialmente foi contido por pessoas que viram a confusão, acabou preso por policiais militares que estavam na região. Ele foi encaminhado para o plantão da Polícia Civil, onde a ocorrência está sendo registrada.
O professor é militante do movimento negro. Com mestrado e doutorado pela USP, Juarez é professor da Unesp Bauru e coordenador do Núcleo Negro Unesp para a Pesquisa e Extensão (Nupe).
Em 2015, o professor Juarez Xavier foi vítima de racismo dentro da própria universidade. Pichações encontradas em um banheiro da instituição o chamavam de “macaco” e ofendiam também alunas negras.