Indústrias

A produção industrial recuou em nove dos 15 locais analisados pelo IBGE no mês de março em relação a fevereiro, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) divulgados nesta terça-feira (11). As maiores quedas foram verificadas nos estados do Ceará (-15,5%), Rio Grande do Sul (-7,3%) e Bahia (-6,2%), que ficaram bem acima da média nacional de menos 2,4%.

Segundo o IBGE, o Ceará teve a queda mais intensa desde abril de 2020, quando havia caído 35,2%. “A queda tem influência direta do comportamento dos setores de couros, artigos para viagens, calçados, além do setor de bebidas”, analisa o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida. A Bahia teve a terceira taxa negativa consecutiva, com perda acumulada de 22,6% no período.

O setor de veículos e o setor outros produtos químicos tiveram os maiores impactos negativos, levando a indústria gaúcha à segunda queda consecutiva, com perda acumulada de 9,2%. Também é a queda mais intensa desde abril de 2020 (21,4%).

O resultado da indústria reflete o recrudescimento da pandemia no país e as medidas restritivas ao comércio para conter o avanço da Covid no país. “É um impacto direto da pandemia na atividade industrial”, avalia Bernardo.

Rio de Janeiro (-4,7%), Região Nordeste (-4,2%) e Pernambuco (-2,8%) também registraram recuos mais intensos do que a média nacional (-2,4%), enquanto Mato Grosso (-2,0%), Santa Catarina (-1,0%) e Paraná (-1,0%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em março.

Registraram alta, o Amazonas com avanço de 7,8%, após três meses negativos. São Paulo, mesmo com a menor alta entre os seis locais com resultados positivos, foi a segunda maior influência positiva para março, graças ao tamanho e a importância das indústrias paulistas na economia nacional. Após recuar em fevereiro, a alta em março foi puxada pelo setor de derivados do petróleo e pelo setor de veículos. Pará (2,1%), Goiás (1,6%), Espírito Santo (1,5%), Minas Gerais (1,7%) completam os locais de altas do mês.