Indústrias

A produção industrial caiu -1,2% na comparação de novembro com relação a outubro de 2019. O dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, (9) desconta os efeitos sazonais.

A queda foi generalizada atingindo 16 das 26 atividades pesquisadas nessa comparação e todas as quatro grandes categorias da indústria: bens de consumo duráveis; semi e não-duráveis, bens de capital (ou seja, máquinas e equipamentos para o setor produtivo) e bens intermediários (os insumos industrializados usados no setor produtivo).

Segundo o IBGE, com esse resultado o setor industrial se encontra 17,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

É o pior resultado mensal desde março (-1,4%) e o pior novembro desde 2015 (-1,9%), confirmando as afirmações de empresários do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) de que o ano de 2019 foi “um ano perdido para a indústria”. Os dados também desmontam versão de uma suposta recuperação da economia no governo Bolsonaro.

Em relação a novembro de 2018, a indústria brasileira recuou 1,7% e acumula queda de 1,1% de janeiro a novembro. Em 12 meses, a produção industrial recuou 1,3% em novembro de 2019, repetindo os resultados de setembro e de outubro.

Com a perda de ritmo da atividade industrial em novembro, o índice de média móvel trimestral mostrou taxa negativa (-0,1%) – ou seja, o país registra queda também na comparação entre o último trimestre de 2019 e o de 2018.

Segundo o IBGE, “no recuo de 1,2% da atividade industrial na passagem de outubro para novembro de 2019, entre as atividades, as principais influências negativas foram registradas por produtos alimentícios (-3,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,4%) e indústrias extrativas (-1,7%), com a primeira eliminando grande parte da expansão verificada no mês anterior (3,6%); a segunda intensificando a perda de 0,4% assinalada em outubro de 2019; e a última acumulando recuo de 4,6% em três meses consecutivos de queda na produção”.