Priscila Messias | Foto: reprodução/PCdoB-RJ

No atual cenário político de Resende, no Rio, uma voz emergente tem chamado a atenção com propostas voltadas para os direitos das mulheres, juventude e comunidade LGBTQIAPN+. Priscila Messias, pré-candidata a vereadora pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), traz consigo uma trajetória marcada pela militância e defesa de causas sociais. Em uma entrevista exclusiva, Priscila detalha sua trajetória, analisa o contexto político atual da cidade e apresenta suas principais propostas para um mandato na Câmara Municipal.

Com filiação ao PCdoB desde 2018, Priscila Messias começou sua atuação política através da União Brasileira de Mulheres de Resende. Desde então, tem participado ativamente em movimentos sociais, na UNEGRO e como conselheira no Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (COMDIM). Sua pré-candidatura, em meio a um ambiente político polarizado, representa não só um projeto coletivo de resistência, mas também uma busca por soluções que melhorem a vida dos cidadãos de Resende.

Nesta entrevista, Priscila Messias discute a importância simbólica de sua pré-candidatura, analisa o atual cenário político de Resende e destaca os desafios que enfrentará na disputa eleitoral. Suas principais bandeiras incluem a defesa dos direitos das mulheres, a ampliação de vagas nas creches e escolas em tempo integral, a geração de empregos para a juventude e a visibilidade das demandas da comunidade LGBTQIAPN+. Priscila acredita que, apesar dos desafios, é possível transformar a realidade de Resende com o apoio daqueles que desejam uma cidade mais inclusiva e democrática.

Confira a entrevista completa abaixo e conheça mais sobre as propostas e visões de Priscila Messias para o futuro de Resende.

Entrevista na Íntegra

1. Gostaria que você detalhasse a sua trajetória política.

Estou filiada ao PCdoB desde 2018 após iniciar minha militância na União Brasileira de Mulheres de Resende, e desde então venho atuando na política municipal através do movimento social, da UNEGRO, e também do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (COMDIM), no qual sou conselheira. Fiz parte da mobilização do #elenao no município, a partir daí estive junto com a UBM Resende realizando diversas atividades políticas como as rodas de conversas com mulheres, também atuamos nas escolas públicas falando sobre a Lei Maria da Penha e sua importância como política de proteção das mulheres; realizamos uma potente audiência pública sobre a segurança, acolhimento e compromisso dos aparelhos públicos com as mulheres resendense, e levantamos, junto com a ex Deputada Estadual Enf. Rejane, um importante debate sobre dignidade menstrual.

2. Qual a importância e o simbolismo de uma pré-candidatura do Partido Comunista do Brasil na cidade de Resende nesse cenário político tão polarizado em que estamos vivendo?

O Partido Comunista do Brasil tem uma importante trajetória de luta pelos direitos do povo brasileiro e de defesa da democracia, e, assim como em todo território nacional, estamos enfrentando no município uma grande dificuldade em mobilizar os debates populares por conta da polarização estabelecida e da prática de captação dos nossos para o governo a fim de silenciá-los, por isso entendemos a importância de ocuparmos os espaços políticos institucionais para que possamos apresentar ao povo resendense o projeto de transformação da sociedade que o PCdoB propõe, nosso objetivo é levantar debates importantes na sociedade e construir, de forma coletiva, soluções para melhorar a vida de todos os cidadãos, em especial as mulheres, a juventude e comunidade LGBTQIAPN+ do município.

3. Pode fazer uma análise do atual cenário político da cidade e destacar o papel da sua pré-candidatura nesse contexto?

Atualmente, em Resende, vivemos uma gestão autoritária e que não ouve as demandas populares, o que responde ao projeto de fortalecimento da extrema direita na cidade e toda região das Agulhas Negras, buscando desarticular qualquer mobilização popular. Entendo que me colocar como pré-candidata nesse cenário é um ato de resistência e coragem, essa pré-candidatura é um projeto coletivo, com o objetivo de dar voz pra quem deseja viver numa cidade mais inclusiva e democrática.

4. Quais as suas principais propostas para a cidade e quais são os desafios desse projeto eleitoral rumo à Câmara Municipal?

Minhas principais bandeiras são:

  • A defesa dos direitos das mulheres, através do fortalecimento dos aparelhos de atendimento às mulheres;
  • A luta pela ampliação das vagas nas creches e escolas em tempo integral para todas as crianças do município, além da valorização dos profissionais da educação;
  • O olhar para a juventude da cidade, levantando o debate sobre a importância de geração de empregos e formação continuada para essa parcela da população;
  • Dar visibilidade para a comunidade LGBTQIAPN+ e suas demandas;
  • Fortalecimento da cultura no município.

Entendo que nosso maior desafio será competir com a máquina do governo trabalhando com toda sua força para manter a Câmara como aliada, mas vamos contar com todas as pessoas que acreditam na mudança dessa realidade para ocuparmos uma das 17 cadeiras do Legislativo de Resende.

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Fonte: PCdoB-RJ
Edição: Bárbara Luz