O ex-presidente Poroshenko chegou ao poder com um golpe neonazista apoiado pelos Estados Unidos.

O presidente recentemente eleito da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se declarou, na segunda, dia 9, pronto a se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, em Minsk, para retomar as negociações em torno da paz, interrompidas pelo ex-presidente, Poroshenko, que chegou ao poder com um golpe neonazista apoiado pelos Estados Unidos.

Zelensky, que venceu Poroshenko por larga margem, afirmou que tanto as questões da Crimeia, cujos habitantes decidiram por ampla maioria se unir à Rússia, e do Donbass, região que se sublevou contra a junta de Kiev (que acabou desembocando no governo extremamente desgastado de Poroshenko), devem voltar a ser discutidos em Minsk, capital da Bielorrússia.

“Agora eu me volto ao presidente Putin. Necessário conversar? É preciso”, afirmou o presidente atual.

O acordo anterior, assinado em 2015, estabelecia um armistício na região do Donbass, mas foi interrompido pela retomada dos bombardeios às repúblicas sublevadas de Donetsk e Lugansk, pelas forças ucranianas.

“Estamos prontos para negociações com a Rússia; estamos prontos para implementar os acordos de Minsk”, acrescentou Zelensky.

O presidente russo já declarou que “não vê problemas em conversar com Zelensky”.

Estamos, portanto, diante de uma melhora frente à postura anterior – governamental ucraniana – de hostilidade adotada pelo ex-presidente Poroshenko, mas ainda há reticências graves por parte do governo russo, quanto ao atual governo, uma vez que Zelensky segue a trajetória de busca de aproximação com a Otan que, sob mando norte-americano, vem despejando armamento e bases militares ao longo da fronteira com a Rússia.