Cinemateca

A Prefeitura de São Paulo reafirmou o interesse em assumir a gestão da Cinemateca Brasileira, que teve o seu galpão na Vila Leopoldina tomado por um incêndio na última quinta-feira (29).

A afirmação foi feita pelo prefeito Ricardo Nunes ao Painel da Folha, e reforça o pedido já feito pela atual gestão quando o então prefeito Bruno Covas, em 2020, contatou o ministro da Secretaria de Governo, afirmando que estava disposto a assumir a Cinemateca.

“O Bruno Covas, preocupado com o que poderia acontecer na Cinemateca, em 2020 pediu para assumir. Não deram ouvidos e está aí o desfecho, que poderia ter sido outro”, afirma Nunes. “A prefeitura continua, como o Bruno desejava, interessada em assumir a Cinemateca”, completou.

Ainda em 2020 o Ministério Público Federal entrou com uma ação contra a União por descaso na administração da instituição, em ação que reuniu diversas denúncias de abandono e negligência por parte do governo federal.

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O incêndio atingiu um galpão onde ficavam gravados 1 milhão de documentos da antiga Embrafilme, como roteiros, artigos em papel, cópias de filmes e documentos antigos, artigos altamente inflamáveis, que segundo o corpo de bombeiros de São Paulo, a maioria, se não tudo, pode ter se perdido.

Além da gestão de Bruno Covas, o governador do Estado João Doria também declarou nesta sexta-feira (30) que, quando foi prefeito, pediu a transferência da instituição para a administração municipal, mas não teve resposta da União.

“Quando prefeito da capital, ao lado de Bruno Covas, nós deliberamos a importância de poder transferir a Cinemateca para a prefeitura da cidade de São Paulo. O Bruno depois ratificou isso já no governo Bolsonaro e a resposta foi o silêncio, não houve nenhuma manifestação do governo positiva em relação à transferência da Cinemateca para a gestão de São Paulo”, afirmou Doria, durante coletiva de imprensa da entrega de um novo lote de CoronaVac ao Plano Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde.