Esferas de GLP no Terminal de Carmópolis, unidade da UO-SEAL

Embora os preços dos combustíveis tenham causado uma crise nacional em maio do ano
passado – culminando com a greve dos caminhoneiros que paralisou o país por duas semanas
– o governo insiste em manter os preços dos combustíveis alinhados ao preços internacionais,
em desmontar a Petrobrás e vender as refinarias, trazendo sérios prejuízos à economia
nacional e ao bolso dos brasileiros.
O litro do óleo diesel teve aumento de 8,7% no ano, passando de R$ 3,451 em 2018 para R$
3,751 em 2019. Os seguidos reajustes nos preços do combustível desmascararam o discurso do
governo Bolsonaro de que seguraria os preços e de que tomaria medidas no início do ano em
favor da reivindicação dos caminhoneiros.
Com o aumento do preço e as promessas não cumpridas, os caminhoneiros prometem novas
mobilizações este ano.
De acordo com o levantamento da ANP, a gasolina ficou, em média, 4,85% mais cara nas
bombas dos postos de combustíveis brasileiros no final do primeiro ano do governo Bolsonaro.
O preço médio do litro do combustível subiu de R$ 4,34 no fim de 2018 para R$ 4,55 no final
de 2019.
O etanol sofreu o maior reajuste dentre os combustíveis, de 11,51% no ano, o maior aumento
nas bombas desde 2015. O preço médio do litro vendido ao consumidor saltou de R$ 2,83 no
final do ano passado, para R$ 3,15 no encerrar de 2019.
De acordo com o boletim Focus do Banco Central (BC), a inflação oficial do país deve fechar o
ano em 4,04% – com grande contribuição da categoria de combustíveis.
Com o atentado terrorista com drone ordenado por Donald Trump que matou o general
Qassem Soleimani, da Guarda Revolucionária do Irã, na quinta-feira (2) em Bagdá, no Iraque,
aumentou a tensão no Oriente Médio e os preços do petróleo no mercado internacional já
aumentaram 4%.