Praça da Paz recebe multidão na festa dos 100 anos do PC da China
A comemoração dos 100 anos da fundação do Partido Comunista da China (PCCh) nesta quinta-feira (1º) culminou em um ato com dezenas de milhares de pessoas na Praça da Paz Celestial, com bandeiras do partido e da China por todo lado, em que o presidente Xi Jinping afirmou que a China jamais “será intimidada, oprimida ou subjugada” novamente, deu por completada a “Xiaokang”, a transformação do país em uma nação moderadamente próspera, registrou o avanço do rejuvenescimento da milenar nação e convocou o povo a alcançar a meta de “um país socialista moderno” até o centenário da fundação da Republica Popular da China.
Helicópteros sobrevoaram Pequim formando “100” e um dos mais novos modelos em produção na China transportou pelos ares uma imensa bandeira do PCCh. Também se apresentou uma esquadrilha de 15 jatos J20 de quinta geração, sob aplausos da multidão. Uma salva de 100 tiros de canhão saudou o centenário do PCCh.
Uma mensagem de congratulações conjuntamente emitida por outros oito partidos políticos, pela Federação da Indústria e do Comércio da China, por organizações populares e por personalidades sem filiação partidária foi lida na cerimônia. Também manifestaram seu compromisso com a causa do PCCh membros da Liga da Juventude Comunista Chinesa e dos Jovens Pioneiros.
Nos últimos dias, por toda a China proliferaram atos de comemoração do centenário do partido que resgatou, com seu povo, a dignidade nacional, e a transformou na fábrica do mundo e líder em alta tecnologia, ao mesmo tempo em que erradicou a pobreza extrema.
Quanto ao impacto dessas conquistas e dessa comemoração na mídia ocidental, nada melhor que a transcrição da sua cobertura do evento, no caso, pela Associated Press.
“A manifestação – que contou com um desfile militar e pessoas agitando bandeiras chinesas e cantando canções patrióticas – de certa forma lembrou os eventos de massa realizados por Mao Zedong, o líder fundador da China comunista. Xi até usava um terno cinza abotoado como os preferidos por Mao e falou da mesma sacada no alto do Portão da Paz Celestial onde o líder revolucionário declarou o início do regime comunista em 1949. Mais de 70.000 pessoas compareceram na quinta-feira, de acordo com o Xinhua News oficial Agência”.
Ainda segundo a AP, os maiores aplausos para Xi foram quando o presidente afirmou que o PCCh havia “restaurado a dignidade da China” após décadas de subjugação.
Em seu discurso, o presidente Xi enfatizou que “desde o dia de sua fundação, o Partido fez da busca da felicidade para o povo chinês e do rejuvenescimento para a nação chinesa sua aspiração e missão”.
Ele observou que o PCCh foi criado depois que uma série de tentativas de “salvar a nação” fracassaram, frente ao século de humilhação nacional aberto pela Guerra do Ópio.
Xi descreveu ainda a resolução da questão de Taiwan e a realização da reunificação completa da China como uma “missão histórica e um compromisso inabalável” do PCCh.
“Na jornada que temos pela frente, devemos contar de perto com as pessoas para fazer história”, sublinhou o presidente chinês, reiterando sua concepção de desenvolvimento centrado nas pessoas: o desenvolvimento da China deve ser “para o povo e pelo povo, e seus frutos compartilhados entre o povo”.
“Qualquer tentativa de separar o Partido do povo chinês ou de colocar o povo contra o Partido está fadada ao fracasso”, advertiu.
Coincidentemente, o centenário do PCCh ficou marcado por outra conquista: a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a China território livre da malária, o que saudou como “um feito notável”. Ainda mais em meio à maior pandemia no planeta em um século. Antes da vitória da revolução, eram 30 milhões de casos de malária anualmente.